Durante seu discurso na “Future Summit” das Nações Unidas em Nova York, nos Estados Unidos, em 23 de setembro, o Cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado do Vaticano, enfatizou a importância de promover a dignidade da pessoa humana. Ele também expressou a desaprovação da Santa Sé à promoção do aborto e da chamada ideologia de gênero por aquela assembleia.
Ao se dirigir aos membros da Organização das Nações Unidas (ONU) reunidos para a assembleia, o Cardeal elogiou os participantes da cúpula por se engajarem no diálogo. Ainda assim, enfatizou a “necessidade de repensar ações em várias áreas”.
O Cardeal expressou as preocupações do Vaticano sobre o documento intitulado “Pacto para o Futuro”, aprovado pelos participantes da cúpula no dia 22 de setembro. Ele disse que “de acordo com sua natureza e missão particulares, [a Santa Sé] deseja expressar suas reservas” sobre a promoção do aborto e da ideologia de gênero pela assembleia.
A Santa Sé mantém o status de “observador permanente” sem direito a voto nas Nações Unidas.
Embora o “Pacto para o Futuro” aprovado na cúpula não mencione explicitamente o aborto, ele estabelece a meta da cúpula de “garantir o acesso universal à saúde sexual e reprodutiva e aos direitos reprodutivos”.
“Saúde reprodutiva” e “direitos reprodutivos” são termos usados para se referir a uma gama de serviços de saúde, principalmente para mulheres, que geralmente incluem o aborto.
“Quanto aos termos ‘saúde sexual e reprodutiva’ e ‘direitos reprodutivos’, a Santa Sé considera que eles se aplicam a um conceito holístico de saúde, abrangendo, cada um à sua maneira, a pessoa na totalidade de sua personalidade, mente e corpo, e favorecendo a obtenção da maturidade pessoal na sexualidade e no amor recíproco e na tomada de decisões que caracterizam a relação conjugal entre um homem e uma mulher, por normas morais”, disse o Cardeal Parolin.
“A Santa Sé não considera o aborto ou o acesso ao aborto, ou abortivos, como uma dimensão desses termos”, esclareceu. “Sobre ‘gênero’”, continuou Parolin, “a Santa Sé entende que o termo é baseado na identidade sexual biológica, que é masculina ou feminina”.
O Cardeal também falou sobre outras questões, como pobreza, busca pela paz e desarmamento global.
Fonte: Gaudium Press – English edition Gaudium Press – English edition