Coleta para os Lugares Santos: cristãos necessitam de ajuda

franciscanos.org

A Sala de Imprensa da Santa Sé publicou a carta do Cardeal Claudio Gugerotti, Prefeito do Dicastério para as Igrejas Orientais, com um apelo em prol da Terra Santa. O Cardeal recorda que como a guerra entre Israel e o Ha­mas continua, causando sofrimento, mortes e a consequente diminuição no fluxo de peregrinos aos locais sagra­dos, os cristãos da região estão passan­do por sérias dificuldades financeiras.

O Prelado explicou que a Igreja Católica cultiva, desde suas origens, a solidariedade com a Igreja de Jeru­salém e recordou alguns exemplos: “Em época tardo-medieval e moder­na, diversas vezes os Sumo Pontífices intervieram para promover e regula­mentar a coleta em favor dos Lugares Santos. A última alteração referente à Coleta foi feita por São Paulo VI em 1974, por meio da exortação apostó­lica Nobis in animo. Também o Papa Francisco sublinhou frequentemente a importância deste gesto eclesial”.

Ele afirma, contudo, que não se tra­ta simplesmente de uma tradição, mas de um dever. “Por toda a parte, na Igreja Católica, é obrigação dos fiéis oferecer a sua ajuda na chamada Coleta Ponti­fícia para a Terra Santa, que se recolhe na Sexta-feira Santa ou para algumas outras regiões, em outro dia do ano”.

O Prefeito do Dicastério para as Igrejas Orientais explicou que, para além de ajudar a custódia dos Luga­res Santos, lá também vivem cristãos que precisam de ajuda para perma­necer na região.

“Muitos na história morreram mártires para não verem arrancadas as raízes da sua antiquíssima cristandade. As suas Igrejas são parte integrante da história e da cultura do Oriente. Hoje, porém, muitos deles não conseguem resistir mais e abandonam os lugares em que seus seus pais rezaram e teste­munharam o Evangelho. Deixam tudo e fogem porque não veem esperança”, destaca o Cardeal.

Ele comenta que os cristãos do Ira­que, da Síria e do Líbano e de tantas outras terras dirigem-se aos irmãos cristãos pedindo: “Ajudem-nos a di­fundir ainda no Oriente o bom perfu­me de Cristo” (2 Cor 2,15).

“Dirijo-me a vós para que o seu grito não fique por escutar e o Santo Padre possa sustentar as Igrejas locais a encontrar novas vias, ocasiões de habitação, de trabalho, de formação acadêmica e profissional, para que per­maneçam e não se percam no mundo desconhecido de um Ocidente, tão diverso da sua sensibilidade e do seu modo de testemunhar a fé. Se parti­rem (…) o Oriente perderá parte da sua alma, talvez para sempre”, enfatiza.

Além de ajudar na manutenção dos lugares santos, o valor a ser arrecadado na Sexta-feira Santa, 29, é destinado a obras educativas como escolas, obras sociais como lares para idosos e famí­lias jovens, clínicas e ambulatórios e obras de promoção humana por meio da criação de empregos administrados pela Igreja local.

Fonte: Cristian Media Center

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