O Governo do Chile anunciou, no dia 14, que os cultos religiosos com a presença de fiéis no país poderão acontecer com no máximo de 20 pessoas, em ambientes abertos, e dez pessoas, em locais fechados, como o interior dos templos.
A restrição para os cultos presenciais e outras atividades no país foram tomadas para tentar conter o avanço na pandemia de COVID-19verificada nas últimas semanas.
Anteriormente, o governo chileno havia proibido por completo a participação presencial em qualquer tipo de celebração religiosa, à exceção das ocasiões de Exéquias nos funerais. Tais restrições foram repudiadas pelos bispos chilenos, que a consideraram como uma ação discriminatória e que violaria a liberdade religiosa.
O novo posicionamento do governo foi elogiado por Dom Fernando Ramos Pérez, Secretário Geral da Conferência Episcopal do Chile.
“A decisão de hoje [dia 14] vai em sentido correto. A determinação anterior, de impedir encontros ou atividades de culto, era contrária à liberdade de expressão religiosa e à liberdade de culto que está sancionada na Constituição. Creio que com isto, o governo corrige um erro grave que havia cometido e permite que nós, fiéis, possamos nos encontrar e nos reunir para celebrar a missa, respeitando todas as medidas necessárias de cuidado e proteção”, afirmou, ressaltando, ainda, que é um dever de todas as pessoas na Igreja respeitar as medidas de distanciamento social e do uso de máscaras.
No Chile, quase 22 mil pessoas já faleceram em decorrência do novo coronavírus e há o acumulado de 905 mil casos confirmados.
Em nota, na semana passada, os bispos chilenos lamentaram “que a situação de saúde provocada pela pandemia de COVID-19 tenha piorado drasticamente em grande parte do país”, e enfatizaram o compromisso das diferentes confissões religiosas “em cuidar de nós mesmos e evitar o contágio, cumprindo todas as normas vigentes”.
Os prelados também ressaltaram que “a assistência espiritual é um espaço que contribui essencialmente para enfrentar as dificuldades e os momentos de opressão, como os que vivemos”.
Fontes: Celam e Conferência Episcopal do Chile