Com medidas simples, Singapura obtém avanços na qualidade de vida da população

Centro financeiro de Singapura à noite
Erwin Soo/WikiMedia Commons

Em apenas uma geração, Singapura deixou de ser um dos países com os menores índices de expectativa de vida para se tornar um dos mais bem colocados nesse quesito.

O governo considera que a população é o seu recurso mais importante e, por isso, passou a priorizá-la acima de tudo. Para tanto, cinco iniciativas foram implementadas.

As autoridades reconheceram que as pessoas idosas não devem ser levadas para asilos ou casas de repouso e, por isso, foi criado um subsídio para estimular que os idosos continuem a viver com seus familiares. Dessa forma, quando os familiares mais jovens mantêm os idosos junto de si, recebem do governo um benefício que os ajuda a ter melhores condições de amparar os mais velhos e cuidar deles, garantindo a manutenção do vínculo familiar.

Como o exercício físico é considerado benéfico à manutenção da saúde, em qualquer lugar do país não é preciso andar mais de 10 minutos a pé para encontrar estações gratuitas com equipamentos de ginástica, disponível para a utilização de todos os seus habitantes.

Além da ginástica, andar a pé é uma atividade continuamente incentivada no país. Para efeitos de comparação, nos Estados Unidos 80% da população é proprietária de ao menos um automóvel, ao passo que em Singapura esse índice é de apenas 11%, ou seja, o incentivo aos cidadãos para que não priorizem o transporte motorizado é uma forma de mantê-los fisicamente ativos durante todo o dia.

A alimentação saudável é subsidiada, de forma que os produtores e distribuidores são incentivados a produzir e revender produtos que fazem bem à saúde. Para tanto, o governo lhes paga um incentivo e a população é beneficiada com itens saudáveis a preços acessíveis.

É limitada a venda de produtos que contêm açúcar e outros componentes sabidamente inflamatórios e que causam danos à saúde, de maneira que os rótulos dos produtos nocivos são muito explicativos, a fim de conscientizar a população sobre os seus malefícios.

O exemplo de Singapura demonstra que, com boa vontade governamental e incentivo à população, é possível, em curto espaço de tempo, reverter uma situação desfavorável e preparar-se para o futuro em melhores condições. 

Fonte: Kashif Khan – estudioso e escritor especializado em medicina, saúde e longevidade

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