
Cuba concluiu a libertação de 553 prisioneiros no início desta semana, apesar do fracasso de um acordo com os Estados Unidos.
Em janeiro, sob a mediação da Igreja, Joe Biden, ex-presidente norte-americano, concordou em remover Cuba da lista dos Estados patrocinadores do terrorismo, em troca da libertação antecipada de centenas de prisioneiros.
O acordo foi fechado depois de anos de pressão dos Estados Unidos, da União Europeia, da Igreja e de organizações de direitos humanos, pedindo que Cuba libertasse manifestantes antigovernamentais presos depois de uma manifestação em 2021.
“Como parte das relações estreitas e fluidas com o Estado do Vaticano, informei ao Papa Francisco, no espírito do Jubileu 2025, a decisão de libertar os prisioneiros”, disse Miguel Díaz-Canel, presidente de Cuba.
Poucos dias depois da posse de Donald Trump, atual presidente dos Estados Unidos, o novo governo anulou o acordo. Apesar da reversão da postura das autoridades norte-americanas, Cuba continuou a libertar prisioneiros intermitentemente.
Em fevereiro, o Cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado da Santa Sé, chamou a libertação contínua dos prisioneiros cubanos de “um sinal de grande esperança” no início do ano santo jubilar, e disse esperar mais “gestos de clemência”.
Embora não tenha sido divulgada uma relação com os nomes de todos os que foram libertados, Maricela Soza Ravelo, vice-presidente do Tribunal Supremo Popular de Cuba, anunciou na televisão estatal, na semana passada, que a libertação total fora concluída.
Fonte: ACI Digital