
Pesquisadores alemães desenvolveram um gel inovador para uso médico que pode ajudar a reparar e fazer crescer a cartilagem das articulações, sem a necessidade de implantes ou cirurgias.
O tratamento injetável preenche as áreas com perda de cartilagem com um gel à base de colágeno. Uma vez aplicado, as células gradualmente crescem no próprio gel e formam um novo e saudável tecido cartilaginoso.
Ao contrário da substituição articular tradicional ou da cirurgia agressiva, esta abordagem é minimamente invasiva e designada para restaurar a mobilidade de um modo mais natural.
Na China, por sua vez, o doutor Lin Xianfeng, da Universidade de Zhenjiang, pretende revolucionar o tratamento de ossos quebrados: ele desenvolveu uma cola que tem o poder de uni-los e mantê-los no lugar. Desde os anos 1940, todas as substâncias testadas se mostraram tóxicas, fracas ou incapazes de suportar a umidade do corpo humano.
Até que um dia, o doutor Lin viajou à sua cidade natal e reparou uma grande quantidade de ostras, presas à estrutura de concreto da base de uma ponte e expostas permanentemente à agua salgada e à força das ondas. Então teve uma ideia: e se a substância usada pelas ostram também funcionasse para ossos humanos?
Demorou alguns anos para acertar a fórmula, porém o doutor Lin e sua equipe conseguiram criar a primeira cola óssea do mundo, batizada de Bone 02. Ela é especialmente útil para fraturas nas quais os ossos se fragmentam em pequenos pedaços e, mais ainda, se as fraturas forem em uma articulação. A solução atual consiste em inserir um implante metálico com parafusos ou placas, um método invasivo e impreciso, que necessita de uma segunda cirurgia para retirá-lo, e pode resultar em problemas de mobilidade, além de artrite severa.
O doutor Lin diz que a cola de ossos resolve todos esses problemas porque é mais rápida, mais eficiente, bem menos invasiva e se dissolve naturalmente em até seis meses.
Ele relatou o caso de um jovem trabalhador que sofreu uma fratura complexa no pulso. Os médicos injetaram a Bone 02 por meio de uma incisão de 2cm a 3cm e colaram os ossos em três minutos. Três meses depois, os exames mostraram que a fratura foi curada sem complicações e com recuperação total da mobilidade do pulso. Esse foi um dos 150 testes clínicos já realizados, um número ainda pequeno e que está em expansão para garantir a eficácia da substância, porém nenhum paciente sofreu qualquer efeito adverso até agora.
Os pesquisadores acreditam que as inovações possam ser usadas no corpo inteiro, incluindo a coluna vertebral e implantes dentários, e ofereçam uma nova esperança às pessoas que sofrem de dores nas juntas, artrite, lesões nas cartilagens ou fraturas nos ossos.
Fontes: Lavia Health & Nutrition e O Globo