No sábado, 27, a Comissão de Família e Vida da Arquidiocese de Cebu, nas Filipinas, realizou uma manifestação para se opor à legalização do divórcio no país. Centenas de fiéis participaram de uma procissão, que culminou na missa, presidida por Dom Jose Palma.
Na homilia, o Arcebispo de Cebu chamou os fiéis a lutarem pelo Matrimônio, buscando a felicidade em Deus e na família. “Para os casais que dizem que é difícil: vocês já tentaram se aproximar de Deus? Gostaria de acreditar sinceramente que a graça de Deus é suficiente, seja no sacerdócio, seja na vida de casado”, acrescentou Dom Jose Palma, incentivando as pessoas, perante as dificuldades, a encontrar maneiras de se reconciliar e sempre pensar em seus filhos.
A manifestação ocorreu em resposta à tentativa de promulgação de uma lei que legaliza o divórcio no país asiático, predominantemente católico. Em maio deste ano, a Câmara dos Deputados das Filipinas aprovou o Projeto de Lei 9.349, que autoriza o divórcio absoluto.
Atualmente, no mundo, apenas as Filipinas e o Vaticano não possuem uma lei de divórcio.
Em entrevista, Dom Midyphil Billones, Bispo Auxiliar de Cebu, disse que o fato de as Filipinas ainda proibirem o divórcio é uma distinção de orgulho. “Em vez de ficarmos inseguros e envergonhados, devemos levantar a cabeça como cristãos, com respeito a outras religiões que têm suas próprias crenças, para que nas Filipinas possamos ser o último bastião da esperança”, afirmou. “E quando fizermos isso, talvez possamos nos tornar o farol da esperança para o resto do mundo”, prosseguiu.
A Arquidiocese de Cebu anunciou ainda que está consolidando os resultados de sua campanha de assinaturas contra o divórcio, já tendo reunido mais de 122 mil assinaturas, que serão enviadas ao Senado juntamente com um documento de posicionamento contra o divórcio.
Dom Alberto Uy, Bispo de Tagbilaran, na região central das Filipinas, em uma entrevista à rádio Veritas, administrada pela Igreja Católica, pediu que os membros do Congresso reconsiderassem a proposta de lei do divórcio e “em vez disso, se concentrassem na promoção de políticas e programas que apoiassem o casamento, fortalecessem as famílias e protegessem o bem-estar de todos os membros da sociedade”.
Fontes: Crux Now e Rappler.com
