
No domingo, 11, o Cardeal Odilo Pedro Scherer visitou a cidade de Vigolo Vattaro, na região de Trento, norte da Itália, onde se encontra a casa natal de Santa Paulina, restaurada e transformada em memorial e hospedaria.
“Aqui vivem três religiosas brasileiras das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, que cuidam desse memorial e acolhem os hóspedes e peregrinos”, relatou o Arcebispo de São Paulo, que viajou à Itália para participar dos funerais do Papa Francisco e do Conclave que elegeu o Papa Leão XIV, no dia 8.
Segundo Dom Odilo, no local é possível perceber os sinais do início de uma vida santa: “Pessoas simples, família trabalhadora e religiosa, em que a menina Amábile Lúcia Visintainer, com apenas 8 anos, já ficou conhecida como uma criança caridosa e sensível diante do sofrimento dos outros”.

Nascida em 1865, a jovem Amábile chegou ao Brasil com a família aos 10 anos, fixando-se em Nova Trento (SC). Desde jovem, dedicou-se à vida pastoral e à caridade. Em 1890, fundou, com outras duas companheiras, a Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição e adotou o nome religioso de Madre Paulina do Coração Agonizante de Jesus. Em 1903, transferiu-se para o bairro do Ipiranga, em São Paulo, onde iniciou a Obra da Sagrada Família, voltada ao acolhimento de ex-escravizados e seus filhos.
Madre Paulina faleceu em 9 de julho de 1942, aos 76 anos, em São Paulo, após longa enfermidade. Foi beatificada por São João Paulo II em 1991, em Florianópolis (SC), e canonizada pelo mesmo Papa em 19 de maio de 2002, na Praça São Pedro, no Vaticano, sendo reconhecida como a primeira Santa do Brasil.