Por meio de uma nota, a Conferência Episcopal Espanhola (CEE) divulgou considerações sobre a “cura intergeracional”, ação disseminada pela Renovação Carismática Católica (RCC).
O documento apontou entre os precursores desta prática o Padre Robert DeGrandis, da Sociedade de São José, que defende “a transmissão intergeracional do pecado e, correspondentemente, a possibilidade de cura intergeracional”.
O modo de “curar” as consequências físicas e psicológicas consiste em “identificar o pecado na própria árvore genealógica” e romper esse vínculo pecaminoso mediante doses de “intercessão, exorcismos e, principalmente, a celebração da Eucaristia”, o que em teoria provoca uma suposta cura, afirmam os bispos.
A CEE diz que “o pecado é sempre pessoal e requer uma decisão livre da vontade”, e que o mesmo ocorre com a pena associada ao pecado. Por outro lado, os bispos lembram que “o único pecado que se transmite de geração em geração é o pecado original”.
Não é possível “sustentar uma transmissão intergeracional do pecado sem contradizer a doutrina católica sobre o Batismo”, sacramento em que “ocorre o perdão de todos os pecados”.
Quanto à missa, afirma que introduzir pedidos de cura intergeracional “distorce gravemente a celebração eucarística”.
A RCC manifesta que acolhe com gratidão o conteúdo do documento aprovado pela CEE e “se adere a ele com obediência filial, partilhando o seu conteúdo e a preocupação que o fundamenta e continuará velando para que […] as suas orientações sejam seguidas”.
A RCC diz que espera que o exposto pela CEE ajude “a detectar e corrigir estas práticas que se desviam da Tradição e do Magistério da Igreja e que podem causar grandes danos morais e espirituais ao povo santo de Deus”.
Fonte: ACI Prensa