É a crise mais profunda que o país viveu nos últimos 40 anos
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Os protestos no fim de 2019 no Chile mostraram que os altos índices de violência e criminalidade levaram não somente à destruição de edifícios públicos, igrejas, instalações comerciais, entre outros, mas, acima de tudo, da convivência entre os chilenos.
É a crise mais profunda que o país viveu nos últimos 40 anos, cuja crescente decomposição do tecido social levou a uma crise política que encontrou sua primeira saída na elaboração de uma nova Constituição, cuja assembleia constituinte será eleita nos dias 10 e 11 de abril.
PROPOSTAS
Em meio ao clima marcado pela polarização ideológica e pela beligerância verbal refletida nas redes digitais e na mídia, surgiu em julho de 2020 a proposta “Nossa mesa: diálogos para o Chile”, promovida pela Fundação Vozes Católicas e pela pastoral da Pontifícia Universidade Católica do Chile.
A ideia era reunir especialistas de várias disciplinas que, a partir de suas áreas de especialização e de sua fé católica, fizessem uma leitura desta realidade convulsa e propusessem ações para superar a crise e promover a construção de uma sociedade mais humana e fraterna. Assim, foram criados nove grupos de trabalho que, durante três meses, trataram, entre outras coisas, do papel do Estado, da vida econômica e social, dos direitos humanos, da família, da saúde e do meio ambiente.
“Dignidade humana, igualdade, pobreza, inclusão, educação, mulheres são questões urgentes que desde 2 mil anos atrás fizeram parte do ensinamento de Cristo e continuam a nos desafiar hoje”, explicou María Soledad Herrera, presidente da Vozes Católicas, no recente lançamento do livro que reúne os frutos desta iniciativa, o volume em formato digital intitulado “Diálogos para o Chile: 60 desafios para uma convivência nacional renovada”.renovada”. O livro, em língua espanhola, pode ser acessado no link a seguir: https://cutt.ly/LxWUQFz.
NAS PEGADAS DAS ENCÍCLICAS
Iluminado por passagens da Doutrina Social da Igreja, o documento oferece reflexões e propostas concretas para o processo de elaboração da nova Constituição, mas também convida todos os cidadãos a se comprometerem com um novo Chile.
Em suas 150 páginas, o texto cita recorrentemente as encíclicas do Papa Francisco Fratelli tutti e Laudato si’, ecoando seu apelo permanente para promover uma cultura do encontro baseada na fraternidade e no desenvolvimento humano integral renovada”.
Fonte: Vatican News