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“Como pastores, vemos o sofrimento de tantos casais que experimentam a infertilidade e sabemos que seu profundo desejo de ter filhos é bom e admirável; no entanto, a pressão do governo pela fertilização in vitro, que acaba com inúmeras vidas humanas e trata as pessoas como propriedade, não pode ser a resposta”, refletiram Dom Daniel Edward Thomas, Presidente do Comitê de Atividades Pró-Vida da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos, e Dom Robert Emmet Barron, Presidente do Comitê para Leigos, Casamento, Vida Familiar e Juventude, em resposta à ordem executiva do presidente Donald Trump que incentiva a fertilização in vitro, a fim de tornar o procedimento menos custoso e mais acessível.
A ordem executiva cumpre “promessas para as famílias norte-americanas” feitas por Donald Trump na campanha eleitoral, ao mesmo tempo em que busca lidar com o declínio das taxas de fertilidade nos Estados Unidos, disse a Casa Branca.
Essa queda é parte de um declínio global nas taxas de fertilidade, que alcançou 2,2 nascimentos por mulher em 2024, abaixo de aproximadamente 5 nascimentos por mulher na década de 1960; e de 3,3 nascimentos por mulher em 1990, de acordo com o Relatório Mundial de Fertilidade da Organização das Nações Unidas (ONU) de 2024.
“A indústria da fertilização in vitro trata os seres humanos como produtos e congela ou mata milhões de crianças que não são selecionadas para a transferência para um útero ou não sobrevivem. A ordem executiva promovendo a fertilização in vitro é, portanto, fatalmente falha e contrasta lamentavelmente com as promissoras ações pró-vida do governo no passado”, afirmaram os bispos norte-americanos.
“Toda pessoa humana é um presente precioso com dignidade e valor infinitos, não importa como essa pessoa foi concebida. Pessoas nascidas como resultado da fertilização in vitro não têm menos dignidade do que qualquer outra pessoa. É nossa responsabilidade moral defender a dignidade daqueles que nunca têm a chance de nascer”, continua o comunicado.
“Pelo bem dos casais que tentam trazer uma nova vida preciosa ao mundo, estamos ansiosos para trabalhar com o governo para expandir o suporte à medicina reprodutiva restauradora, que pode ajudar a tratar eticamente as causas-raiz da infertilidade frequentemente esquecidas. No entanto, nós nos oporemos fortemente a qualquer política que expanda a destruição da vida humana ou force outros a subsidiar o custo”, concluiu a Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos.
Fonte: UCA News