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EUA: interesse pela Bíblia aponta para maior adesão à fé

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Após anos de declínio, algo inesperado está acontecendo: os norte-americanos estão abrindo suas Bíblias novamente. Novos dados do Barna Group para o relatório State of the Church 2025 revelam crescimento na leitura semanal das Sagradas Escrituras entre adultos nos Estados Unidos – um aumento de 12 pontos percentuais desde que tal prática atingiu o nível mais baixo em 25 anos, em 2024. 

A iniciativa coletou dados de 12.116 entrevistas on-line, e revelou que aproximadamente 50% dos cristãos autodeclarados relatam ler a Bíblia semanalmente, o maior índice entre cristãos em mais de uma década. 

Em 2000, 39% dos adultos nos Estados Unidos relataram ler a Bíblia semanalmente – um número que flutuou por anos antes de cair para 30% em 2024. Agora, subiu novamente para 42%. 

“Em 2025, observa-se um grande ressurgimento da leitura da Bíblia, juntamente com um aumento significativo entre as gerações mais jovens, o que marca uma retomada nos níveis de envolvimento com a fé que não víamos há uma década”, comentou David Kinnaman, CEO do Barna Group. “Isso está em consonância com outros sinais de interesse espiritual e reforça a constatação de que a fé e a prática cristãs estão passando por um momento de renovação.” 

Os dados mostram um aumento no comprometimento com Jesus e na frequência à igreja — impulsionado principalmente por jovens adultos. 

Historicamente, as mulheres têm sido mais propensas do que os homens a ler a Bíblia semanalmente. Os relatórios atuais, no entanto, contam uma história diferente: os homens mais jovens estão superando as mulheres mais jovens no envolvimento com as Escrituras, o que os inclui entre os catalisadores desse renovado interesse. 

Embora mais norte-americanos estejam lendo a Bíblia, é menos provável que concordem plenamente com a precisão de seus ensinamentos. Em 2000, 43% concordavam que a Bíblia era totalmente precisa nos princípios que ensinava. Esse número caiu para menos de 40% nos últimos anos, mas agora está em 36%. Mesmo entre os que se identificam como cristãos, apenas 44% afirmam fortemente a precisão da Bíblia. 

“As pessoas estão abrindo a Bíblia com mais frequência, mas ainda estão debatendo o que acreditam sobre ela. Essa lacuna entre ler e confiar merece atenção”, diz Kinnaman. 

Em vez de um renascimento repentino, os pesquisadores descrevem o momento atual como um retorno aos níveis de envolvimento com a Bíblia observados há cerca de 15 anos. 

“Não estamos necessariamente testemunhando uma transformação generalizada”, adverte Kinnaman. “No entanto, estamos vendo os norte-americanos retornarem a padrões de fé que estavam se perdendo. Isso por si só já é um sinal de esperança.” 

Se essas tendências continuarem, as implicações poderão ser profundas. À medida que os mais velhos e menos religiosos se afastam da prática da fé e os adultos mais jovens se envolvem mais, a próxima geração poderá trazer uma nova onda de convicção e comprometimento cristãos.

Fontes: The Christian Post e Barna Group (Estados Unidos)

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