Uma multidão enfurecida destruiu diversas igrejas e dezenas de residências em uma região majoritariamente cristã na cidade de Jaranwala, localizada a 115 quilômetros de Lahore, a capital da província de Punjab, no Paquistão. O motivo do caos social seria uma resposta a um episódio de desrespeito ao livro sagrado dos muçulmanos.
O incidente foi instigado por extremistas religiosos muçulmanos, que acusaram uma família cristã local de profanar o Alcorão, o que levou à eclosão da violência e dos ataques. A polêmica começou quando páginas rasgadas da obra foram encontradas perto da residência onde vivem os acusados e levadas ao conhecimento de uma liderança religiosa local.
Vídeos amplamente compartilhados nas redes sociais mostram uma multidão de pessoas, armadas com paus e pedras, atacando a Igreja Católica de São Paulo, incendiando-a. Todas as outras 25 paróquias da região também foram queimadas ou danificadas. A Polícia prendeu 160 envolvidos no incidente.
O governo do primeiro-ministro interino Anwaar-ul-Haq Kakar distribuiu uma indenização de 2 milhões de rúpias (cerca de 34 mil reais) a quase 100 famílias cristãs cujas casas foram destruídas ou danificadas.
“Estou chocado com as imagens; medidas severas serão tomadas contra aqueles que violam a lei e assediam as minorias, como os cristãos, hindus, sikhs e ahmadis”, disse. Ele acrescentou que irá “prender os culpados e levá-los à justiça, pois são inimigos da humanidade. Tenham certeza de que o governo do Paquistão está ao lado de nossos cidadãos, que são todos iguais perante a lei”, afirmou o primeiro-ministro interino.
Fontes: Crux Now e Gaudium Press
