Na manhã do último sábado, 18, a Catedral de Nantes, na França, foi gravemente danificada por um incêndio. Embora a estrutura não pareça ter sido comprometida, houve grandes prejuízos artísticos, entre os quais um enorme órgão barroco do século XVII – que foi completamente consumido pelas chamas – e alguns vitrais.
Foi aberta uma investigação para descobrir a causa do incêndio. Chama a atenção o fato que os bombeiros identificaram três focos diferentes de fogo, distantes entre si, o que criou a suspeita de um incêndio criminoso.
O promotor público de Nantes, Pierre Sennes, afirmou que a possibilidade de uma causa criminosa está sendo seriamente considerada.
Outro fator que corrobora as suspeitas é que não se trata de um evento isolado. Apenas 15 meses atrás, o mundo testemunhou o incêndio da Catedral de Paris, Notre Dame, que destruiu seu telhado e causou outros graves prejuízos. Oficialmente, porém, a tragédia foi tida por um acidente.
Na noite entre 11 e 12 de junho deste ano, algumas pessoas incendiaram as portas de madeira da catedral de Rennes, a 100 quilômetros de Nantes. Naquele caso, os danos foram menores porque, antes que o fogo penetrasse o interior do templo, os bombeiros conseguiram extingui-lo.
De fato, um bispo francês, Bernard Ginoux, manifestou-se preocupado pelo Twitter logo após as suspeitas de um incêndio criminoso se tornarem públicas: “após Notre Dame de Paris e a degradação e a profanação de centenas de igrejas católicas, é necessária uma cegueira deliberada para não perceber uma tentativa de destruir nosso patrimônio católico. Mas quem está conduzindo a operação?”
Por outro lado, não foram encontrados sinais de entrada forçada na Catedral. De acordo com o reitor, Padre Hubert Champennois, todas as portas haviam sido fechadas e trancadas na noite anterior, após uma minuciosa inspeção, como é feito todos os dias. Ademais, uma caixa elétrica foi encontrada completamente destruída.
A única pessoa detida foi posta em liberdade após prestar uma declaração. É um refugiado ruandês de 39 anos, que está na França há tempo e serve como acólito durante as celebrações. O próprio Padre Hubert afastou-o de uma possível suspeita: “tenho plena confiança nele como em todos os nossos colaboradores”.
Também o organista, Michel Bourcier, disse que o acólito é “extremamente amável e cortês”. Por fim, o administrador diocesano, Padre François Renaud, declarou que ele não possuía as chaves da Catedral. Os investigadores quiseram saber sua versão dos fatos, pois ele estivera na Catedral na noite anterior ao evento, e o libertaram quando se constatou a inexistência de outros elementos que o ligassem ao incêndio.
Fontes: Religión en Libertad e LifeSiteNews