Milhares de fiéis se reuniram no domingo, 9, em Jerusalém, ocasião em que coincidem as celebrações da Páscoa cristã, do Pessach judaico e o mês sagrado muçulmano do Ramadã, em plena escalada de violência do conflito entre israelenses e palestinos. As autoridades israelenses mobilizaram um grande aparato policial na Cidade Velha, local de confrontos entre adeptos das três religiões em Jerusalém Oriental, o setor palestino da cidade ocupado e anexado por Israel desde 1967.
A área registra um aumento da violência desde a operação na Quarta-feira Santa, 5, das forças de segurança israelenses na mesquita de Al-Aqsa de Jerusalém, terceiro local mais sagrado do Islã. A intervenção provocou muitas críticas internacionais e elevou a tensão na região.
Desde então, aconteceram atentados contra Israel e foguetes foram lançados a partir de Gaza, Líbano e Síria, o que provocou respostas do governo israelita. O episódio mais recente da onda de violência aconteceu no sábado à noite, 8, quando o Exército israelense bombardeou a Síria, em represália aos foguetes disparados contra as Colinas de Golã, área anexada por Israel.
O Papa Francisco, em sua tradicional bênção “Urbi et Orbi” após a missa de Páscoa, expressou sua “profunda preocupação com os ataques dos últimos dias” e pediu a criação de um “clima de confiança e respeito recíproco, necessário para a retomada do diálogo entre israelenses e palestinos”.
Fonte: RFI Brasil