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JMJ Seul 2027 é apresentada oficialmente pela igreja local 

Vatican Media

A Arquidiocese de Seul revelou a programação oficial e a direção espiritual para a próxima Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Seul 2027, um encontro que promete ser tão histórico quanto simbólico. 

Pela primeira vez, uma JMJ internacional acontecerá na Península Coreana — uma nação dividida por ideologia, mas unida por um anseio comum pela paz. Será também a primeira JMJ em um país não cristão e apenas a segunda na Ásia desde que Manila, nas Filipinas, a sediou em 1995. 

Em uma coletiva de imprensa realizada na Universidade Católica da Coreia, Dom Peter Chung Soon-taick, Arcebispo de Seul e Presidente do Comitê Organizador Local, descreveu o evento como “uma declaração de fé e esperança, e um compromisso solene com a juventude do mundo”. Suas palavras traziam consigo uma convicção que ia além da logística ou do planejamento. “Não se trata simplesmente de um evento – trata-se de caminhar juntos como uma só família humana sob a proteção de Deus.” 

O tema escolhido – “Tenham coragem, eu venci o mundo” – ecoa tanto desafio quanto encorajamento, sendo especialmente comovente para os jovens católicos que enfrentam incertezas sociais, fragmentação digital e uma paz global frágil. “Seul se tornará não apenas uma cidade anfitriã, mas uma cidade de esperança, solidariedade e missão”, acrescentou Dom Paul Kyung-sang Lee, Bispo Auxiliar de Seul e Coordenador-Geral da JMJ Seul 2027. 

Esse senso de missão já começou a criar raízes – literalmente. Em preparação para o evento, os organizadores plantaram mais de 700 árvores para compensar as emissões de carbono, parte de uma ambiciosa iniciativa de conversão ecológica que reflete os temas centrais da JMJ: Verdade, Amor e Paz. “O Amor”, disse Dom Paul, “abrange o cuidado com a criação e uns com os outros. Trata-se de renovar nossa casa comum.” 

O programa, agendado para o período de 29 de julho a 8 de agosto de 2027, seguirá o ritmo tradicional da JMJ: os “Dias nas Dioceses”, de 29 de julho a 2 de agosto, permitirão que os peregrinos vivam em famílias coreanas nas 15 dioceses do país, imergindo na cultura local, na hospitalidade e na vida paroquial. As principais celebrações acontecerão em Seul, de 3 a 8 de agosto, e incluirão seis grandes eventos que se tornaram emblemáticos de cada JMJ: a Missa de Abertura (que reunirá bispos e cardeais de mais de 160 países), a Cerimônia de Acolhimento Papal, o Festival da Juventude, sessões de catequese, a Via Sacra e a Vigília final e Missa de Encerramento com o Papa. 

Os organizadores também fizeram da inclusão uma característica fundamental da JMJ Seul 2027. “A participação será totalmente gratuita”, explicou o Padre Joseph Young-je Lee, Secretário Executivo do Comitê Organizador. “Isso garante que todos os jovens – católicos ou não – possam participar desta celebração da vida e da fé.” 

As 233 paróquias da Arquidiocese de Seul receberão os peregrinos internacionais, acolhendo-os não apenas como visitantes, mas como família. Para a Igreja Coreana, esta JMJ é mais do que um encontro espiritual — é uma oportunidade de falar ao mundo sobre reconciliação, unidade e paz. Em um país que ainda convive com a dor da divisão, realizar um evento centrado na juventude, no diálogo e no Evangelho da esperança tem um imenso peso simbólico. 

Fonte: Zenit News (Estados Unidos)

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