Päivi Räsänen, 63, médica, ex-ministra do Interior e atual membro do parlamento finlandês, está sendo julgada por “discurso de ódio” e “agitação étnica” após compartilhar publicamente as suas opiniões bíblicas e religiosas sobre o casamento entre um homem e uma mulher.
Ela é acusada de violar as leis da Finlândia contra o discurso de ódio ao usar versículos bíblicos para expressar o seu apoio ao casamento tradicional.
Na publicação no Twitter em 2019, que colocou Räsänen em seus atuais problemas jurídicos, ela criticou a sua denominação religiosa por abraçar a ideologia LGBTQIA+, perguntando como estas opiniões poderiam ser reconciliadas com as Escrituras.
Junto com Räsänen, um bispo luterano finlandês chamado Juhana Pohjola também está sendo julgado por discurso de ódio por publicar um panfleto escrito por Räsänen que defendia a compreensão bíblica da sexualidade e do casamento.
Embora tenham sido absolvidos por unanimidade por um tribunal distrital finlandês em 2022, os procuradores recorreram da sua absolvição.
Agora, os dois podem ter que pagar dezenas de milhares de euros em multas e possivelmente dois anos de prisão se forem considerados culpados. Além disso, o tribunal também poderia decidir censurar as publicações de Räsänen.
Räsänen e Pohjola estão sendo representados pela Alliance Defending Freedom International (ADF), organização legal cristã de defesa jurídica da liberdade religiosa.
“Numa sociedade democrática, todos deveriam ser livres de partilhar as suas crenças sem medo de serem processados pelo Estado”, disse Paul Coleman, diretor executivo da ADF International. “Criminalizar o discurso por meio das chamadas leis de ‘discurso de ódio’ encerra debates públicos importantes e põe em perigo a democracia.”
Räsänen, que é mãe de cinco filhos e avó de dez, disse que, apesar de enfrentar nova perseguição, confia “que todo este processo está nas mãos de Deus” e acredita que será mais uma vez absolvida das acusações.
Fonte: ACI Digital
