Nicarágua: grupo de 12 padres é libertado e transferido para o Vaticano

Cathopic

Doze padres católicos que estavam presos na Nicarágua foram libertados e transferidos para Roma, após um acordo entre o governo de Daniel Ortega e o Vaticano.

O grupo de clérigos que criticou a liderança de Ortega não inclui Dom Rolando Alvarez, que, pela segunda vez, optou pela prisão em vez do exílio.

O presidente Ortega, um adversário de longa data dos Estados Unidos, entrou em conflito com a Igreja Católica nos últimos anos, depois de o Papa Francisco ter rotulado o seu governo como ditatorial.

“Foi alcançado um acordo” com a Santa Sé “para a transferência ao Vaticano dos 12 sacerdotes que, por diversas razões, foram processados e partiram esta tarde para Roma, Itália”, afirmou o governo de Manágua numa nota, no dia 18.

O documento não fornece detalhes sobre as acusações apresentadas contra os padres nem especifica quantos deles foram presos ou colocados em prisão domiciliar.

Na Nicarágua, quase metade dos 6,3 milhões de habitantes são católicos. No entanto, as relações entre o Vaticano e o governo deterioraram-se durante os protestos, que duraram pelo menos três meses, com estradas bloqueadas e confrontos entre a oposição e apoiadores do governo. Segundo a ONU, mais de 300 pessoas morreram na violência.

Em fevereiro, Dom Rolando Alvarez, Bispo de Matagalpa, foi condenado a 26 anos e quatro meses de prisão por “minar a integridade nacional e propagar notícias falsas por meio das tecnologias de informação e comunicação em detrimento do Estado e da sociedade nicaraguense”.

Dom Rolando foi destituído de sua cidadania nicaraguense e de seus direitos civis para o resto da vida. Ele criticou abertamente as restrições à liberdade religiosa sob o governo Ortega.

Fonte: La Croix International

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