Dados recentes demonstram que a Nigéria se tornou o país com o maior índice de perseguição e morte para os cristãos no mundo. Nação mais populosa da África, com mais de 230 milhões de habitantes, sua população é composta de 46% de cristãos – algo em torno de 106 milhões de pessoas –, e 53% de muçulmanos. O Norte do país é majoritariamente islâmico e o Sul, de maioria cristã. Essa convivência, no entanto, não é pacífica.
Grupos jihadistas vêm promovendo uma campanha brutal de terror religioso. O Boko Haram, o estado islâmico da província da África Ocidental e outras milícias atacam vilarejos e comunidades cristãs, com massacres, sequestros, estupros e destruição sistemática das igrejas.
Somente nos primeiros sete meses de 2025, mais de 7 mil cristãos foram brutalmente assassinados no país, o que dá uma média de 35 cristãos mortos por dia. Desde 2009, estima-se que mais de 125 mil cristãos tenham perdido a vida por causa de sua fé; e mais de 19 mil igrejas foram completamente destruídas.
Trata-se de uma verdadeira limpeza religiosa em curso. Mais de 2 milhões de nigerianos se tornaram deslocados internos ou refugiados por causa desses ataques.
Bola Ahmed Tinubu, presidente do país, é muçulmano. O governo tenta atribuir esses ataques não a conflitos religiosos, mas a disputas agrárias, dizendo em certos momentos que alguns pastores muçulmanos atacam agricultores cristãos.
No dia 5, Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, afirmou que o Cristianismo enfrenta uma ameaça existencial na Nigéria. Ele reincluiu o país na lista daqueles que violam a liberdade religiosa e sugeriu uma ação militar caso a nação africana “não parasse de matar cristãos”.
A presidência nigeriana declarou que acolheria de bom grado a ajuda dos Estados Unidos no combate aos insurgentes islamistas, desde que a integridade territorial do país seja respeitada.
Fontes: Pablo Almeida e CNN Brasil
