A Diocese de Enugu, no Sudeste da Nigéria, informou na sexta-feira, 22, que o Padre Marcellinus Obioma Okide, que havia sido sequestrado no dia 17, foi libertado. Não houve a confirmação, porém, se a Igreja local pagou pelo seu resgate.
De acordo com a fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN), em 2022, quatro padres foram mortos no país e 28 foram sequestrados. Em 2023, o número de membros do clero vítimas de sequestro já atingiu 14. Grupos terroristas formados por extremistas islâmicos têm ampliado este tipo de crime com fins de extorsão.
Além do Padre Macellinus, na ação dos criminosos no dia 17 foram sequestradas outras seis pessoas que viajam com ele.
Em comunicado, a Diocese de Enugu agradeceu a Deus e às orações dos fiéis pela libertação do Padre: “Que Nossa Senhora, auxílio dos cristãos, interceda por nós e por nosso país, Nigéria”.
No dia 8 deste mês, na Diocese de Kafanchan, no estado de Kaduna, no Norte nigeriano, bandidos invadiram e destruíram a Paróquia de São Rafael e atearam fogo na casa paroquial. Alguns sacerdotes conseguiram escapar em meio às chamas, mas o seminarista Na’aman Danlami, 25, acabou morrendo queimado vivo.
Em entrevista à ACN, Dom Julius Kundi, Bispo de Kafanchan, explicou que o objetivo dos agressores era de sequestrar o Pároco, mas “quando falharam em sua tentativa de entrar na casa do padre, eles a incendiaram. O ataque durou mais de uma hora, mas não houve reação ou apoio das forças militares. Afinal a um quilômetro de distância, há um posto de controle, mas houve uma ausência total de reação”, acrescentou o bispo. “Os cidadãos nigerianos estão desprotegidos. Mal se beneficia das forças de segurança”, lamentou.
No mesmo estado, no dia 7, outro seminarista, Ezequiel Nuhu, foi sequestrado. Até o momento, não há informações sobre seu paradeiro.
Fontes: Agência Fides e ACN
