ONU: cerca de 160 milhões de crianças são vítimas do trabalho infantil

Pexels/Simon Reza

O Dia Mundial contra o Trabalho Infantil foi estabelecido no dia 12 de junho de 2002. Desde então, a data se tornou uma referência para abordar a questão. O último relatório sobre o assunto, produzido pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef ) revela que cerca de 160 milhões de crianças e adolescentes trabalham, um aumento de 8,4 milhões em quatro anos.

Nos últimos 20 anos, esse é o primeiro aumento do número de crianças em tal condição. De acordo com a OIT, o trabalho infantil abrange todas as atividades que privam as crianças de sua infância, potencial e dignidade, e prejudicam sua escolaridade, saúde e desenvolvimento físico e mental.

De acordo com a publicação da OIT, 97 milhões de crianças que trabalham são meninos e 63 milhões são meninas. Pelo menos 112 milhões das crianças empregadas trabalham na agricultura, no setor de serviços (31,4 milhões) ou na indústria (16,5 milhões). Cerca de 79 milhões delas estão envolvidas em atividades perigosas.

Ainda segundo o estudo, 28% das crianças de 5 a 11 anos e 35% das crianças de 12 a 14 anos que trabalham não frequentam a escola. O trabalho infantil também é maior nas áreas rurais (13,9%) do que nas áreas urbanas (4,7%).

Algumas regiões são mais afetadas do que outras. Na África Subsaariana, por exemplo, 23,9% das crianças trabalham [o que representa um total de 16,6 milhões de crianças], a maior proporção de todas as regiões. Como comparação, eles são 6% na América Latina e no Caribe, 5,6% na Ásia e no Pacífico e 2,3% na Europa e na América do Norte.

A luta contra o trabalho infantil está paralisada desde 2016, de acor- do com a ONU. Mais de um quarto das crianças trabalhadoras com idade entre 5 e 11 anos e quase metade das crianças com idade entre 12 e 14 anos estão fora da escola. 

Fonte: RFI Brasil

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