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ONU ressalta um dos anos mais letais para trabalhadores humanitários

ONU quer mais vontade política e coragem moral para proteger funcionários; data marca ataque terrorista que matou 22 integrantes da Missão no Iraque, incluindo o brasileiro Sergio Vieira de Mello.

©Humanitarian Mission Proliska

Neste 19 de agosto, a comunidade internacional assinala o Dia Mundial Humanitário. A ONU enfatiza que é preciso proteger os trabalhadores de auxílio e o direito humanitário internacional.

A organização confirma que um total recorde de 390 trabalhadores humanitários foram mortos em ação no último ano em todo de mundo.

Responsáveis pelas mortes

Em mensagem pela data, o secretário-geral da ONU, António Guterres, pede que nesta data o mundo tome ação para honrar os que pereceram ajudando vítimas de crises. Falou ainda da meta de proteger cada trabalhador humanitário e investir na sua segurança pelo fim de “mentiras que custam vidas”.

Guterres falou do reforço da responsabilização, que os autores das mortes sejam levados à justiça e acabe o fluxo de armas entre as partes que violam o direito internacional.

O secretário-geral cita situações em que mais ocorrem violações como conflitos de Gaza ao Sudão, passando por Mianmar. Para ele, há clareza no direito internacional de que os trabalhadores humanitários devem ser respeitados e protegidos.

Compromisso de governos

Lembrando que os funcionários nunca podem ser alvo de ataques, Guterres enfatizou que tal regra é “inegociável e vinculativa para todas as partes em conflito, sempre e em qualquer lugar”.

Para o chefe da ONU, há limites que estão sendo ultrapassados e com impunidade.

Ele relembrou o compromisso de governos em agir e as regras adotadas pelo Conselho de Segurança para proteger os trabalhadores humanitários e sua atuação. Apesar de existirem regras e ferramentas, ele destaca que “faltam vontade política e coragem moral.”

Sergio Vieira de Mello

ONU

O Dia Mundial Humanitário foi proclamado pela Assembleia Geral das Nações Unidas para recordar os riscos enfrentados por aqueles que prestam ajuda em zonas de crise e defender a segurança e o bem-estar deles.

Na data são homenageadas as vítimas do atentado a bomba de 2003 no Hotel Canal, em Bagdá, Iraque.

No ato morreram 22 trabalhadores humanitários, incluindo o então representante especial da ONU para o Iraque, o brasileiro Sergio Vieira de Mello.

Além do tributo aos funcionários humanitários, a resolução adotada para proclamar a data defende o aumento da consciência sobre os esforços do setor realizados em todo o mundo. 

Fonte: ONU News

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