“Muitíssimos jovens, de todos os continentes, vão experimentar a alegria do encontro com Deus e com os irmãos, guiados pela Virgem Maria.” Essa é a expectativa do Papa Francisco para a Jornada Mundial da Juventude de Lisboa, que começou na terça-feira, dia 1º, e vai até o domingo, 6. O Papa chega a Lisboa na quarta-feira, 2.
“Peço a vocês que me acompanhem com a oração”, disse ele após a oração do Angelus do domingo, 30 de julho. Referindo-se a Nossa Senhora, que em Portugal é cultuada no título de Fátima, disse que ela é a “estrela luminosa do caminho cristão”, e a ela confiou todos os peregrinos da JMJ e “os jovens de todo o mundo”.
A JMJ é o principal motivo da viagem do Papa Francisco a Portugal, mas ele aproveitará sua passagem pelo país – a segunda de seu pontificado – para se encontrar com as autoridades civis, eclesiais, além de líderes da Igreja local e agentes de pastoral. Ele passará a manhã de sábado em Fátima, onde deve rezar pela paz no mundo.
MUDANÇA DE VIDA
O Papa Francisco tem consciência de que os grandes encontros da JMJ, que reúnem milhões de jovens do mundo inteiro com o sucessor do apóstolo Pedro em torno de Cristo, podem “mudar a vida” de alguém. Assim afirmou o Cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado do Vaticano, em entrevista às mídias da Santa Sé.
“O Papa reza por todos os jovens que já partiram para Lisboa nestes dias, na convicção, na consciência de que estes encontros, estas reuniões têm uma grande força em si mesmas, até a força de mudar, para alguém, a sua vida”, declarou o Cardeal. Segundo ele, a JMJ “tem um aspecto de fraternidade universal”, pois “esses jovens, vindos de diferentes países e, portanto, com diferentes culturas, idiomas, estilos de vida, podem se encontrar e trocar suas experiências, trocar seus dons.”
Na avaliação do Cardeal Parolin, outros membros da Igreja podem aprender dos mais jovens sobre como transmitir a fé nos tempos atuais. “No mundo de hoje, não são poucos os que não conhecem Jesus Cristo ou talvez o tenham rejeitado, portanto, há um número crescente de pessoas que perderam a fé e se comportam como se Deus não existisse”, comentou.
“Portanto, o que os jovens pedem à Igreja é que ela renove seu ímpeto apostólico e, sem medo, empreenda nesse caminho de conversão pastoral e missionária, tão desejado pelo Santo Padre”, disse ainda.
PRÓXIMAS VIAGENS
O Papa Francisco tem mais duas viagens internacionais agendadas para este ano. Depois de Portugal, ele deve passar dois dias em Marselha, na França, onde encontrará líderes de outras tradições cristãs e de outras religiões no evento chamado “Rencontres Méditerranéennes”. A viagem ocorre em 22 e 23 de agosto.
Pouco depois, entre 31 de agosto e 4 de setembro, ele vai à Mongólia, país asiático que tem somente 1,5 mil católicos e está muito próximo da China – talvez é o mais perto que ele poderia chegar. Na Mongólia, ele também se reunirá com os líderes locais, cristãos e de outras religiões, e inaugurará uma obra de caridade da Igreja.
