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Papua-Nova Guiné terá, em breve, o primeiro santo nativo 

Em 1942, por ocasião da 2ª Guerra Mundial, as forças japonesas ocuparam Papua-Nova Guiné e promulgaram uma lei para incentivar e legalizar a poligamia. Na ocasião, o Beato Peter To Rot, um catequista leigo, casado e pai de três filhos, denunciou firmemente essa prática e continuou a promover o matrimônio tradicional, acreditando firmemente que o casamento era entre um homem e uma mulher. 

As atividades religiosas também foram proibidas, mas Peter continuou a ensinar a fé secretamente, fazendo o que podia para manter a comunidade católica local unida. O medo do sofrimento e da morte não o deteve. 

“Tenho que cumprir meu dever como testemunha da Igreja de Jesus Cristo”, explicou. 

Espiões foram enviados para capturar Peter e, eventualmente, “provas” foram reunidas contra ele por suas atividades religiosas. Durante sua prisão, Peter To Rot estava sereno, até mesmo alegre. Ele dizia às pessoas que estava pronto para morrer pela fé e por seu povo. 

Enviado para o campo de concentração de Vunaiara, foi morto por injeção letal em 7 de julho de 1945, aos 33 anos. 

São João Paulo II beatificou Peter To Rot em 17 de janeiro de 1995 e elogiou a defesa que fez do matrimônio cristão. O Papa Francisco aprovou o decreto de sua canonização em 31 de março de 2025, o que o tornará o primeiro santo nativo de Papua-Nova Guiné. 

O Papa Leão XIV deve canonizar Peter To Rot em 19 de outubro deste ano, juntamente com outros seis beatos, no Dia Mundial das Missões, incluindo homens e mulheres de cinco países diferentes. 

Peter To Rot continua sendo um modelo para todos os casados e catequistas leigos e foi escolhido como um dos santos padroeiros da Jornada Mundial da Juventude de 2008, em Sydney, Austrália. 

Fontes: Aleteia e ACI Digital (edições em inglês)

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