Para conter a violência, uma força internacional será finalmente enviada ao Haiti

Pessoas protestando nas ruas de Port-au-Prince no Haiti
UNICEF/Roger LeMoyne and U.S. CDC

Após um ano de adiamento, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) votou, na segunda-feira, 2, pelo envio de uma missão multinacional ao Haiti, liderada pelo Quênia, para ajudar a Polícia local a pôr fim à violência desenfreada das gangues criminosas.

Estupros usados como arma de terror, franco-atiradores nos telhados, pessoas queimadas vivas, sequestros para resgate… À medida que a violência das gangues continua a piorar, o primeiro-ministro haitiano, Ariel Henry, e o secretário-geral da ONU, António Guterres, apelam desde o ano passado a uma missão de apoio à Polícia local.

A comunidade internacional, porém, escaldada pela experiência anterior no país e pelos riscos de ficar presa num atoleiro mortal, teve dificuldade de encontrar um voluntário para assumir a liderança. O Quênia finalmente anunciou a sua disponibilidade para comandar esta força não pertencente à ONU e enviar mil homens para o em- pobrecido país do Caribe.

O objetivo é “fornecer apoio operacional à Polícia haitiana” na sua luta contra as gangues e melhorar a segurança o suficiente para organizar eleições, uma vez que estas não são realizadas desde 2016. Em cooperação com as autoridades haitianas, a missão pode, a fim de salvar vidas, empregar “medidas de emergência” temporárias e proporcionais “em caráter excepcional”, incluindo prisões, em conformidade com o direito internacional.

Fonte: La Croix International

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