São Paulo VI, um dom de amor à Igreja

Vatican Media

Em 29 de maio é celebrada a memória litúrgica de São Paulo VI. Em 27 de novembro de 1970, o Papa Paulo VI sofreu uma tentativa de assassinato no Aeroporto Internacional de Manila, nas Filipinas. A vestimenta manchada com o sangue do Pontífice naquela ocasião foi a relíquia apresentada aos fiéis na celebração em que ele foi beatificado em 19 de outubro de outubro de 2014, no Vaticano. A canonização ocorreu em 14 de outubro de 2018.

O jornal O SÃO PAULO apresenta outros episódios e curiosidades sobre a vida do santo.

PIONEIRO

Entre 4 e 6 de janeiro de 1964, Paulo VI se tornou o primeiro sucessor de Pedro a visitar a Terra Santa, onde, num gesto de paz e busca de unidade, se encontrou com o patriarca Atenágoras, líder da Igreja Ortodoxa Grega. Aquela também foi a primeira vez que um papa viajou de avião. Ele ainda faria outras visitas apostólicas internacionais, passando pelos cinco continentes.

Paulo VI também foi o primeiro papa a discursar na ONU, em 4 de outubro de 1965. Na oportunidade, o Papa disse que “fazemos também nossa a voz dos pobres, dos deserdados, dos infelizes, dos que aspiram à justiça, à dignidade de viver, à liberdade, ao bem-estar e ao progresso” e fez um apelo pela paz mundial. “Basta recordar que o sangue de milhões de homens, os sofrimentos, espantosos e inumeráveis, os inúteis massacres e as aterradoras ruínas sancionam o pacto que vos une, num juramento que deve mudar a história futura do mundo: nunca mais a guerra, nunca mais a guerra. É a paz, a paz que deve guiar o destino dos povos e de toda a humanidade”.

TESTEMUNHO DO CARDEAL RATZINGER

Quatro dias após a morte de Paulo VI, o Cardeal Joseph Ratzinger, então arcebispo de Munique – anos depois Papa Bento XVI – em uma missa, enalteceu o Pontífice. “Paulo VI se deixou conduzir cada vez mais, ali onde humanamente, por si mesmo, não quereria ir… cada vez mais, o pontificado teve significado para ele deixar-se estar ligado ao outro e ser amarrado na cruz”.

PEDIDOS PARA A HUMANIDADE

Pouco antes de morrer, Paulo VI manifestou: “Rogo ao Senhor que dê a graça de fazer da minha morte próxima, um dom de amor para a Igreja”, e em seu testamento fez pedidos à humanidade. “Sobre o Concílio: cuide-se de levá-lo à boa execução e proveja-se para realizá-lo fielmente as prescrições. Sobre o ecumenismo: continue-se a obra de nos aproximarmos dos irmãos separados, com muita compreensão, muita paciência e grande amor; mas sem nos afastarmos da verdadeira doutrina católica. Sobre o mundo: não se julgue que é ajudá-lo ao adotar seus pensamentos, costumes e gostos, mas sim ao conhecê-lo, amá-lo e servi-lo”.

(Colaborou: Francisco Borba Ribeiro)

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