Logo do Jornal O São Paulo Logo do Jornal O São Paulo

Religiosos cubanos relatam que há detidos sem julgamento após protestos

Depois de onda pacífica de protestos no País no mês passado, governo desrespeita direito constitucional de expressão da população e pune manifestantes

EWTN

A diretoria da Conferência Cubana de Religiosos e Religiosas (Concur) informou na terça-feira, 3, que, após os protestos ocorridos em julho contra o governo comunista da ilha, “ainda há detidos que aguardam julgamento, outros sob investigação e muitos punidos com penas extremamente severas”.

A Conferência tem oferecido aconselhamento jurídico aos detidos e apoio espiritual e psicológico a seus familiares após a repressão do presidente cubano Miguel Diaz-Canel.

Os protestos ocorreram em Cuba, em 11 e 12 de julho. Os manifestantes citaram preocupações com a inflação, a escassez de alimentos e remédios e a pandemia de COVID-19. Alguns manifestantes foram espancados e centenas foram presos.

Cumprir a lei

A Concur pediu que “fossem arquivados os casos de pessoas que estavam exercendo seu direito constitucional de manifestar-se pacificamente (previsto no artigo 56 da Carta Magna cubana)”.

Além disso, a Conferência apelou ao “cumprimento da lei, das regras do devido processo e consideração pela idade e formação social dos participantes nos eventos”.

A organização dos religiosos sublinhou, ainda, que é importante que “nos casos em que seja comprovada a existência de crimes, não se deve aplicar a pena máxima permitida pela lei e impor penas outras que não a prisão, sempre que previsto no Código Penal”.

O regime comunista em Cuba foi estabelecido logo após a conclusão da Revolução Cubana, em 1959, que depôs o governante autoritário Fulgencio Batista e alçou Fidel Castro ao poder.

Fonte: Catholic News Agency

Deixe um comentário