Violência entre israelenses e palestinos resulta no maior número de mortes desde 2005

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Neste ano, mais de 200 palestinos e cerca de 30 israelenses foram mortos em manifestações, confrontos, operações militares, ataques e outros incidentes.

Os dados foram destacados por Tor Wennesland, enviado da Organização das Nações Unidas (ONU) para o Oriente Médio, na semana passada. Aos membros do Conselho de Segurança, ele acrescentou que os números deste ano já superam a totalidade de 2022.

Os casos já representam o maior número de mortes desde 2005 e refletem “tendências preocupantes” observadas nos últimos meses em todo o Território Palestino Ocupado.

Em sua avaliação, a violência é ali- mentada e exacerbada por um “crescente sentimento de desespero sobre o futuro”. A falta de progresso em debater as questões centrais que impulsionam o conflito “deixou um vácuo perigoso e volátil”, que é preenchido por extremistas dos dois lados.

Para ele, embora as partes busquem estabilizar a situação, “medidas unilaterais” continuam. Ele citou o crescimento dos assentamentos israelenses, demolições, atividade militante palestina e violência dos colonos. Também ressaltou que todos os agressores devem ser responsabilizados e levados à justiça.

Frisou, ainda, que a pausa da violência em Gaza permanece após a escalada em maio. No entanto, destacou que a situação humanitária continua “terrível”.

“Os moradores de Gaza têm enfrentado cortes na eletricidade acima do normal, com duração de até 12 horas por dia. O problema provocou protestos em massa contra o Hamas, que governa a Faixa de Gaza. A região está sob bloqueio há mais de 17 anos”, afirmou.

Ele atualizou o Conselho de Segurança sobre a terrível situação fiscal da Autoridade Palestina, que controla a Cisjordânia. O déficit projetado é de mais de 370 milhões de dólares este ano.

A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA) precisa de 35 milhões de dólares para fornecer ajuda alimentar a 1,2 milhão de pessoas em Gaza. Já o Programa Mundial de Alimentos (PMA) precisa de 41 milhões de dólares para restaurar suas operações no Território Palestino Ocupado. O plano humanitário geral de 502 milhões de dólares recebeu apenas 30% de financiamento.

Fonte: A Referência

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