Cardeal Scherer preside missa arquidiocesana com coroinhas

Este ano, o o evento organizado pela Pastoral Vocacional contou apenas com representantes dos coroinhas e foi transmitido pelas mídias digitais

A Pastoral Vocacional realizou na manhã deste sábado, 8, o encontro anual de coroinhas e acólitos, na Catedral da Sé. O evento, que já acontece há 18 anos, foi marcado por uma missa presidida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano.

Organizado pela Pastoral Vocacional, esse encontro acontece por ocasião da memória de São Tarcísio, padroeiro dos coroinhas celebrado no dia 15, e dentro do mês vocacional, comemorado em agosto no Brasil.

Este ano, o evento teve participação presencial de apenas alguns representantes das regiões episcopais, devido à pandemia de COVID-19. Os demais servidores do altar das paróquias e comunidades da Arquidiocese, acompanharam a celebração pelas mídias digitais.

A missa foi concelebrada por Dom José Benedito Cardoso, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Lapa e por diversos sacerdotes, dentre os quais, o Padre José Carlos dos Anjos, coordenador arquidiocesano da Pastoral Vocacional.

FORMAÇÃO

Na homilia Dom Odilo saudou todos os coroinhas pelo belo trabalho que realizam nas comunidade e os motivou os coroinhas a continuarem firmes nessa missão, pois o serviço do altar, quando bem feito, ajuda os demais fiéis a rezarem bem.

O Arcebispo também aconselhou as crianças, adolescente e jovens servidores do altar a se formarem bem, não apenas em relação à liturgia, mas também o aprofundamento dos ensinamentos da fé.

O primeiro caminho apontado pelo Cardeal para essa formação é a catequese. “Muitos de vocês já fizeram a primeira comunhão, talvez a Crisma ou estão se preparando para recebê-la. Este tempo de catequese é muito importante para aprender aquilo que nós cremos e como a Igreja crê”, explicou.

CATECISMO

Dom Odilo indicou o estudo, sobretudo, do Catecismo da Igreja Católica. “Procurem compreender, pelo Catecismo, o que a Igreja diz, por exemplo, sobre a celebração da missa e dos demais sacramentos. Assim, vocês estarão também aprendendo o conteúdo da fé celebrada”, enfatizou, recordando que aquilo que os cristãos creem é celebrado na liturgia e deve também ser praticado por meio de um testemunho de vida que esteja de acordo com essa fé.

Outra recomendação dada por Dom Odilo aos coroinhas foi para que procurem conhecer a vida dos santos, testemunhas fiéis do seguimento a Jesus Cristo. 

VOCAÇÕES

“Agradeço a vocês, em nome de toda a nossa Arquidiocese e de todas as Paróquias, pelo serviço que vocês prestam às suas comunidades, na liturgia. Que Deus os ajude, ilumine e abençoe pela intercessão de São Tarcísio”, concluiu o Arcebispo.

No fim da missa, Dom Odilo recordou que o grupo de coroinhas é um grande celeiro de vocações sacerdotais nas comunidades. Ele lembrou que foi coroinha e também confirmou que vários padres presentes também exerceram esse ofício na infância.

Em seguida, o Cardeal perguntou aos coroinhas se já haviam pensando em se consagrar a Deus como sacerdotes ou religiosos. “Estejam também atentos ao chamado de Deus”, aconselhou. 

Eucaristia: tesouro da Igreja e alimento espiritual dos santos
São Tarcísio

SÃO TARCÍSIO

Mártir da Igreja dos primeiros séculos, vítima da perseguição do imperador Valeriano, em Roma, Tarcísio era um dos integrantes da comunidade cristã romana, quase toda dizimada. Ele tinha 12 anos e morreu no dia 15 de agosto do ano 257, ao tentar levar a Eucaristia a outros cristãos que estavam presos em decorrência da perseguição.

Ele auxiliava nas celebrações do Papa Sisto II como acólito e, um dia, foi abordado por pagãos enquanto levava consigo a Eucaristia, sendo duramente atacado com paus e pedras, até morrer, abraçado ao sacramento. “Quando lhe reviraram o corpo, os assaltantes não puderam encontrar nem sinal do sacramento de Cristo, nem em suas mãos, nem por entre as vestes.” Assim, o Martirológio Romano resume a forma posterior da história de São Tarcísio.

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