O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, presidiu, na capela de sua residência, a missa desta segunda-feira, 22.
Nesta data, a Igreja celebra a festa da Cátedra de São Pedro, sinal de unidade da Igreja, fundada sobre esse Apóstolo.
“Rezemos, de modo particular, pelo Papa, sucessor de Pedro, e pela Igreja, para que se mantenha unida na fé e na caridade”, disse Dom Odilo no início da celebração, que foi transmitida pela rádio 9 de Julho e pelas mídias digitais da Arquidiocese.
Na homilia, o Cardeal sublinhou que esta festa litúrgica recorda a missão do Papa de confirmar os irmãos na fé. No Evangelho do dia (Mt 16,13-19), Jesus entrega a Pedro as chaves do Reino dos céus, dizendo-lhe: “Tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus”.
LEIA TAMBÉM: Igreja Católica: fundada por Cristo, na fé dos apóstolos, para a salvação da humanidade |
Autoridade e serviço
“A chave é sinal da autoridade, do poder para o serviço”, ressaltou o Arcebispo, recordando, ainda, que Cristo confirma Pedro diante da comunidade dos discípulos como “aquele que mantém a firmeza da Igreja no caminho do Evangelho, na fé verdadeira para que todos caminhem unidade da fé”.
O Cardeal lembrou, ainda, que tal autoridade é exercida pelo romano pontífice, sucessor de Pedro, tanto ordinariamente quando extraordinariamente, quando faz uma declaração de fé solene ex cathedra, isto é, com a partir da cátedra, como no caso das proclamações de dogmas.
“O Papa usa ordinariamente o seu poder de cátedra e ensina, seja por meio de suas pregações, seja por documentos escritos diretamente por ele ou por quem ele delega e aprova, como, por exemplo, seus colaboradores nos diversos dicastérios da Cúria Romana e, portanto, são documentos do magistério pontifício e valem como instrução para toda a igreja, devendo, naturalmente, ser acolhidos com fé”, explicou Dom Odilo.
Unidade
O Cardeal lamentou que, atualmente, a Igreja vive um novo “surto” de contestações à autoridade do Papa, por aqueles que se julgam com maior autoridade que o Pontífice.
“Isso é uma doença na fé, na Igreja. Que isso não vire uma pandemia que se espalhe no meio dos fiéis e do povo, quando certos mestres que não receberam esta autoridade começam a ensinar por conta própria e dividem o povo no que se refere à fé, ao ensinamento da moral, à orientação da vida da Igreja, o que seria muito grave e comprometeria a comunhão da Igreja”, acentuou o Purpurado.
Por fim, o Arcebispo convidou os fiéis a renovarem a fidelidade à Cátedra de São Pedro e à unidade da fé da Igreja que ensinada não apenas por seu sucessor, mas pelos bispos unidos a ele. “Não é verdadeiro dizer que os bispos não ensinam, mas o fazem em comunhão com o Papa. Sozinhos, eles têm autoridade menor e, às vezes, comprometida, se não estão na comunhão com o Santo Padre”, esclareceu Dom Odilo.