O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, presidiu a missa na manhã deste sábado, 20, na capela de sua residência, transmitida pela rádio 9 de Julho e pelas mídias digitais da Arquidiocese.
Nesta data, a igreja celebra a memória litúrgica do Imaculado Coração de Maria, comemorada um dia após a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus.
“Maria, concebida sem pecado, viveu sem mácula inteiramente voltada para Deus, segundo a sua vontade. Portando, nós também queremos pedir a Deus que nos dê um coração que seja sempre mais voltado para Deus, puro, genuíno, segundo aquilo que o Senhor espera de nós. São Paulo nos diz que Deus não nos criou para o pecado, mas para vivermos como santos e imaculados diante de sua face e, portanto, também neste mundo”, afirmou Dom Odilo, no início da celebração.
PUREZA DE CORAÇÃO
O Cardeal ressaltou, ainda, que o coração que mais se assemelhou ao de Cristo foi o de sua mãe, que esteve intimamente unida a ele desde o primeiro instante de sua entrada no mundo, ao longo da sua infância, de toda a sua vida adulta até os pés da cruz, a ressurreição e a ascensão e, como professa a Igreja, ela está unida a Jesus na glória do céu, em corpo e alma. “O coração de Maria bateu em sintonia com o coração de seu filho, Jesus”, afirmou.
O Arcebispo enfatizou que a memória do Imaculado Coração de Maria recorda os cristãos devem ter um coração puro e recorda que uma das bem-aventuranças anunciadas por Jesus se refere justamente aos puros de coração.
“Muitas vezes, relacionamos a pureza apenas à castidade, à reta vivencia da sexualidade. É um aspecto, sem dúvida, mas não é o único. Significa mais do que isso. Imaculado, significa sem mancha. Que mancha há em nossa vida? O que devemos superar para ter um coração imaculado?”, refletiu Dom Odilo.
MÁCULAS
Recordando os ensinamentos de Jesus, o Cardeal salientou que a essa mancha é, em primeiro lugar, aquilo que sai de dentro do coração humano: “os maus pensamentos, más intenções, maus desejos, tramas malignas maldosas, ódios, a calúnia, enfim, aquilo que torna indigna a nossa pessoa se assim agimos”.
“Ter um coração imaculado é ter um coração íntegro”, afirmou, indicando a busca da vivência das virtudes como caminho para purificação do coração. “Quem tem um coração manchado não consegue ver a Deus”, completou.
PACIÊNCIA E ESPERANÇA
No fim da missa, Dom Odilo manifestou novamente sua proximidade com todas as pessoas que sofrem com os impactos da pandemia de COVID, especialmente os doente, seus familiares, os profissionais da saúde, os pobres e pelos falecidos. Ele os encorajou a não perderem a esperança e a confiarem que essa crise será superada.
“Ainda estamos em plena a pandemia, por isso, não podemos facilitar”, afirmou, acrescentando que ainda não é possível realizar as celebrações nas igrejas com a aglomeração de pessoas, pois ainda há grande risco de disseminação do vírus. “Tenhamos um pouco mais de paciência. Iremos superar isso juntos e, depois, será ainda maior a nossa alegria”, completou.