Pelas ruas da Polônia, ação com cartazes ressalta a dignidade da vida dos nascituros

Em outubro, Justiça do país decidiu que o aborto eugênico é um ato inconstitucional

Foto: Conferência Episcopal Polonesa

Com a proposta de ressaltar à sociedade polonesa que a prática do aborto é um atentado à vida humana, mais de mil cartazes foram espalhados desde novembro pelas ruas do país.

Trata-se de uma campanha em favor da vida dos nascituros, organizada pela “Fundación Nuestro Niños – Educación, Salud, Fe”, em resposta aos protestos violentos realizados em outubro por movimentos pró-aborto após o Tribunal Constitucional do país declarar que o aborto eugênico é um ato inconstitucional.

Antes da decisão, a legislação do país permitia a prática do aborto em casos de “deficiência severa e irreversível ou doença incurável que ameaçava a vida do feto”, o que ocasionou a morte de muitos bebês em gestação com a suspeita de Síndrome de Down, conforme afirmam os movimentos pró-vida.

Conscientizar sobre a vida

Desde novembro, cartazes com mensagens a favor da vida foram fixados em diversas cidades. Um deles representa um útero em formato de coração, e em seu interior uma criança está deitada em posição fetal.

Em dezembro de 2020, conforme informações da ACI Prensa, outros grandes cartazes foram colocados com slogans como “Eu penso, sinto, não mato”, “Dou a minha vida, cuido dela”, “Escolho a vida” ou “Toda vida é um presente”.

Posição da Igreja

Em 28 de janeiro, a Conferência Episcopal Polonesa destacou que a decisão do Tribunal Constitucional evita a “discriminação com base na saúde” e “defende a vida humana desde o momento da concepção”. Outro apontamento é que “uma criança doente tem o mesmo valor e o mesmo direito à vida que uma criança saudável”.

Em outubro, após a decisão do Tribunal, a conferência episcopal, por meio de nota assinada por seu presidente, Dom Stanisław Gądecki, ressaltou que a Igreja “não pode deixar de defender a vida, nem pode renunciar a proclamar que cada ser humano deve ser protegido desde a concepção até a morte natural”. De igual modo, a Igreja “não pode transigir, porque seria culpada da cultura de descarte que hoje é tão difundida e que atinge sempre os mais necessitados e vulneráveis”.

O movimento pró-vida, em nota enviada à ACI Prensa, destacou que, com sua decisão, “o Tribunal declarou que a carga de criar uma criança com uma deficiência grave e irreversível ou doente terminal não pode recair apenas em sua família, mas toda a sociedade deve suportá-la mediante a introdução de disposições que proporcionem a toda a família a assistência e o apoio que necessita”.

Em oração

De 19 a 25 de março deste ano, as organizações pró-vida polonesas farão uma semana de oração em defesa da vida, que começará na memória litúrgica de São José, e será concluída com o Dia da Santidade da Vida no dia da Anunciação.

(Com informações de ACI Prensa e Vatican News)

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