Em entrevista ao O SÃO PAULO, Padre Antonio Francisco Ribeiro falou sobre a nova missão à frente da Pascom na Arquidiocese de São Paulo.
Pároco da Paróquia Santo Alberto Magno, na Região Episcopal Lapa, Padre Antonio é Doutor em Psicologia da Comunicação e atua na Pascom desde 2007. Em março passado, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, nomeou-o para o cargo de coordenador arquidiocesano desta Pastoral.
O SÃO PAULO – Como o senhor acolhe a nova missão de coordenador arquidiocesano da Pascom?
Padre Antonio Francisco Ribeiro – Acolho com muita alegria, pois a comunicação é fundamental e indispensável no exercício das relações humanas. Dediquei parte dos meus estudos, refletindo sobre como seria possível construir aprendizagens relevantes e significativas de forma a tornar a comunicação mais acessível, capaz de produzir mais proximidade entre as pessoas, e a Pascom tem este compromisso.
Com o senhor começou a caminhada com a Pastoral da Comunicação?
Sou formado em Psicologia, com doutorado pela USP há 25 anos e, em 2007, fui nomeado assistente eclesiástico da Pascom na Região Episcopal Lapa e, desde então, faço parte da Pascom regional e acompanho as orientações da Pascom Arquidiocesana.
Como o senhor define essa pastoral?
Como toda pastoral, a Pascom está a serviço da Igreja, numa ação organizada e dirigida na Arquidiocese, regiões e paróquias para atender, no que se refere à comunicação, todas as necessidades na integração de todas as pastorais. Todos têm uma função, um carisma, um jeito de viver. Porém, todos são importantes e a comunicação atua para integrar de forma organizada a ação evangelizadora para que o Reino de Deus aconteça.
Quais são os principais desafios da Pascom na Arquidiocese?
O desafio principal é realizar essa integração, fazer entender que somos um todo único como Igreja e que a missão de evangelizar precisa ser integrada e organizada. Por isso, estamos buscando parcerias, unindo todos os meios de comunicação católica na Arquidiocese para que juntos possamos realizar o que foi proposto no sínodo arquidiocesano.
Este ano, o Papa Francisco convida os comunicadores a ‘falar com o coração’. Como a Pascom pode contribuir nesse sentido?
Por ser um pastoral com objetivo voltado à evangelização, temos de entender que antes de falar precisamos escutar. Escutar por meio da oração qual é a vontade de Deus, escutar quais os anseios de nossa comunidade católica. Quando se fala com o coração, entendemos que é com a nossa vida, com aquilo que cremos, e, a partir daí, aperfeiçoar o entendimento do que foi ouvido, buscar na formação instrumentos para avaliar as necessidades e depois, com o mesmo espírito de quem vive a alegria do Evangelho, falar com o coração.
Qual mensagem o senhor deixa para os ‘pasconeiros’ da Arquidiocese?
A mensagem para todos que dedicam o seu tempo neste serviço de evangelização é que façam primeiro a experiência de fé, escutem com atenção o que o Espírito Santo comunica, escutem o que as pessoas têm a dizer, vivam o amor que Deus nos oferece como Igreja e se alegrem na honra de servir Nosso Senhor e Sua Igreja por meio da Pascom. Não desanimem diante de obstáculos. Não estamos sozinhos e temos um defensor que nos capacita e nos ajuda nesta jornada, o Espirito Santo de Deus.