Nos últimos anos, a ampliação da programação cultural da Catedral tem ajudado a atrair novos públicos, colaborado para sua manutenção financeira e até potencializado as ações caritativas.
Uma destas iniciativas é o Brunch na Catedral, atualmente tendo como curadora a chef Gilmara Godin, em um evento que alia alta gastronomia, cultura e religiosidade. Os valores arrecadados são usados para manter o templo e auxiliam nos atendimentos que a Missão Belém realiza no Projeto Vida Nova, também localizado na Praça da Sé.
A Catedral Metropolitana também tem sido espaço para eventos culturais, especialmente concertos, alguns dos quais realizados na cripta e no espaço do coro.
“Toda essa programação cultural tem aproximado a Catedral de públicos diversos, já que há tanto atividades gratuitas quanto pagas. Nas atividades gratuitas, como nos concertos cripta, participam, por exemplo, pessoas de projetos mantidos pela Missão Belém, Missão Paz e Arsenal da Esperança”, detalhou Camilo Cassoli, produtor cultural e responsável pela exposição “Sé: Catedral, Praça e Marco”, comemorativa aos 70 anos da Catedral.
Ainda segundo Cassoli, as apresentações culturais e o brunch têm feito com que pessoas que há tempos não iam à Catedral voltem a visitá-la, bem como se atraia novos públicos: “Há pessoas que nunca tinham assistido um concerto antes, por não se sentirem à vontade de ir ao Teatro Municipal ou à Sala São Paulo, por exemplo. Existe uma percepção geral de que a Catedral é muito mais acessível, até em relação à vestimenta para essas ocasiões”.
Cassoli destacou que a experiência de assistir uma apresentação em uma catedral “é uma percepção multissensorial que a pessoa não terá em outro lugar, afinal, poderá sentar-se por uma hora e ficar ouvindo música e vendo esses vitrais e a luz se movimentar por eles”.
Apesar de todos estes atrativos, nos últimos anos a sensação de insegurança na Praça da Sé foi um complicador para que mais pessoas participassem das programações. No entanto, conforme afirma o Padre Baronto a Praça da Sé está mais segura do que antes, algo também atestado pelo O SÃO PAULO na ida ao templo para a realização desta reportagem.
“Durante um bom tempo, tivemos grandes preocupações com as questões de segurança na Praça da Sé, mas hoje já percebemos que é bem menor a presença de assaltantes e de pessoas que no passado até agrediam quem vinha à celebração. E eu gosto sempre de frisar que não devemos confundir a população em situação de rua com estes infratores. Por meio de um serviço de inteligência da Polícia e demais órgãos do poder público municipal e estadual, hoje esta questão da segurança está bem resolvida”, assegurou Padre Baronto.
Gostaria muito de estar informada sobre a programação da Catedral, especialmente nos finais de semana