Na sexta-feira, 13, o Teatro Teotônio Vilela, localizado na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), foi palco para uma homenagem pelos 85 anos do Amparo Maternal, instituição que transforma vidas ao acolher mulheres e bebês em situação de vulnerabilidade.
A homenagem foi organizada pelo deputado estadual Simão Pedro e contou com a presença de lideranças religiosas, sociais e históricas ligadas à instituição.
O Cônego Marcelo Monge, Vigário Episcopal da Caridade Social, representando o Cardeal Odilo Pedro Scherer, enalteceu o trabalho realizado pela instituição: “Ali as mulheres nunca são recusadas, sempre são acolhidas. Deus abençoe o trabalho de quem está à frente”. E reforçou: “As crianças nascem para ser luz, para ser da luz, para ser de Jesus e para fazer um mundo melhor”.
Em seu discurso, a Irmã Enir Loubet, da Congregação das Irmãs de São Vicente de Paulo de Gysegem e ex-diretora do Amparo, ressaltou que o espírito da instituição permanece o mesmo desde a sua fundação.
Ela lembrou os primeiros passos dados pela fundadora, Marie Dominic, que iniciou o trabalho de acolhimento ao alugar casas para atender mulheres em situação de emergência e, junto ao arcebispo da época, Dom José de Gaspar de Afonseca e Silva, e o obstetra Álvaro Guimarães Filho, fundaram o Amparo Maternal.
“Agradeço a Deus em primeiro lugar por sua providência fiel no Amparo Maternal”, declarou a religiosa, que também homenageou Dom Odilo, cuja uma das primeiras visitas como cardeal foi à instituição.
GRATIDÃO A TODA A EQUIPE E VOLUNTÁRIOS
Lorenna Pirolo, atual diretora-presidente do Amparo Maternal, emocionou a todos ao afirmar, citando algumas acolhidas presentes “todo esse trabalho, ao longo dos 85 anos, se fosse só uma vida, se fosse só sua vida Yara, se fosse só sua vida, Isa, já teria valido todos os 85 anos de esforços”.
Fazendo relação às palavras de Dom Paulo Evaristo Arns, que dizia – “No Amparo, é Belém todos os dias” – Lorenna enfatizou: “Cabe a nós a responsabilidade de estarmos atentos às Marias que batem à nossa porta e não negar o acolhimento, e lá estamos nós a perceber quem é o Cristo que nasce todo dia e que passam por nós”.
Emerson Pirolo, representando o Instituto Missionários da Redenção, destacou a renovação pela qual o Amparo Maternal passou ao longo dos anos. Após décadas sob a liderança de religiosas de diferentes congregações, em 2021, a instituição adotou um novo modelo de vocação, com o casal assumindo a direção. Ele e Lorenna Pirolo, idealizadores dos Missionários da Redenção, lideram o Amparo Maternal, trazendo consigo as iniciativas missionárias de evangelização e os projetos sociais desenvolvidos pelo instituto. Juntos, buscam preservar e ampliar o legado da fundadora, Madre Marie Dominic.
Manoel Ferreira, voluntário e integrante do conselho fiscal do Amparo, compartilhou sua experiência pessoal na instituição, destacando a dedicação da equipe e a importância dos voluntários: “Os voluntários são pessoas boas que oferecem e também recebem. Ali, começamos pelo outro, mas quem é mais beneficiado acabamos sendo nós mesmos”.
MEMÓRIAS E ESPERANÇA
Simão Pedro lembrou grandes figuras da história do Amparo Maternal, como Dom Paulo Evaristo Arns, Irmã Anitta e Madre Marie Dominic, e destacou o sentido profundo do Natal: “Que lembremos do Amparo também no Natal. O Natal é isso: é vida, é luz e é lembrar do homenageado que está aqui representado nessas crianças presentes”.
O evento foi marcado por momentos de reflexão, histórias inspiradoras e reconhecimento àqueles que fazem parte da missão do Amparo Maternal, reafirmando a importância da solidariedade e do acolhimento na transformação de vidas.
(por Emily Ferreira, da Comunicação da Associação Amparo Maternal)
