
Na tarde do sábado, dia 1º, Solenidade de Todos os Santos, os diáconos permanentes da Arquidiocese de São Paulo e os candidatos ao diaconato realizaram peregrinação jubilar à Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Assunção.
Por volta das 15h, acompanhados de seus familiares e amigos, eles se concentraram no Pateo do Collegio e, depois, com cânticos e orações, peregrinaram até a Catedral, tendo à frente a Cruz Jubilar. Antes da chegada ao templo, realizaram um breve momento de oração no Marco Zero da Praça da Sé.
“Tanto para os diáconos quanto para os candidatos ao diaconato, este é um momento em que, como peregrinos, colocamo-nos a caminho, em busca de algo sagrado, sendo um reencontro com Cristo, o Servo por excelência, para reabastecer a espiritualidade e lembrar que a força do ministério vem de Deus”, disse ao O SÃO PAULO o Diácono Ronaldo Conti Della Nina. “A peregrinação também acaba se tornando um momento para examinar a própria consciência e buscar a cura das feridas adquiridas no serviço pastoral”, finalizou.

O Diácono Ronaldo foi um dos representantes da Escola Diaconal Arquidiocesana São José na peregrinação – ele é o responsável pela Comunicação –, além dos Diáconos Ailton Machado (Vice-Reitor) Elias Júlio (Secretário) e Marcel Alves (Formador). A Escola foi instituída há 25 anos, no Jubileu de 2000.
Entre os candidatos ao diaconato permanente que participaram da peregrinação estavam José Emídio e Paulo Sérgio, da Paróquia Nossa Senhora das Dores, em Taipas, Região Brasilândia; e Marcelo Moreira e Marcelo Almeida, da Paróquia São José, na Vila Zelina, Região Ipiranga, todos eles no primeiro ano da Escola Diaconal. Em conversa conjunta com a reportagem, eles se disseram felizes em participar da peregrinação e recordaram que na Igreja todos são chamados a servir, sendo os diáconos especialmente ordenados para tal como servidores do altar, da Palavra e da caridade.
Já o Diácono Francisco Lopes da Silva, que atua há 20 anos na Paróquia Nossa Senhora das Graças, no Decanato São Pedro da Região Brasilândia, afirmou que participar da peregrinação proporcionou “fortalecer a nossa caminhada como verdadeiros peregrinos da esperança”.

TESTEMUNHAS DO EVANGELHO E PEREGRINOS DA ESPERANÇA
A missa conclusiva da peregrinação foi presidida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer. Na homilia, ao mencionar o Salmo 23 – “É assim, a geração dos que procuram o Senhor” – ele destacou que na vida cada pessoa deve ter como meta caminhar para o Céu, bem vivendo a vocação cristã recebida no Batismo e confirmada pelo sacramento da Crisma. Também recordou as bem-aventuranças ensinadas por Jesus, um itinerário para se viver como filho de Deus, no amor ao Senhor e ao próximo.
Sobre a Solenidade de Todos os Santos, Dom Odilo falou que os santos são a Igreja celeste, o povo de redimidos que já alcançou a glória e a felicidade suprema, não apenas os canonizados, mas todos os que viveram de maneira exemplar, praticando a caridade e testemunhando a fé, alguns deles até martirizados.

Os santos – prosseguiu o Arcebispo – intercedem pelos que ainda peregrinam na Terra.
E recordando o tema deste Ano Jubilar – “Peregrinos de Esperança” –, Dom Odilo lembrou que a vida é uma peregrinação, e a santidade a grande meta deste peregrinar, já alcançada pelos santos. Lembrou, ainda, que este Jubileu é um chamado à busca da santidade.
Por fim, o Arcebispo destacou que o diácono permanente tem a missão de testemunhar o Evangelho com a própria vida, sendo peregrino de esperança no serviço da caridade.

Após a homilia, os peregrinos acenderam suas velas na lamparina do Jubileu para participar dos ritos de renovação das promessas batismais; e, na sequência, o Arcebispo os aspergiu com água.
Após a comunhão, todos rezaram a Oração do Jubileu e veneraram a imagem da Virgem Maria, como parte do rito de peregrinação.
(Colaborou: Diácono Ronaldo Conti Della Nina)
SAIBA MAIS SOBRE O DIACONATO PERMANENTE
Para ser diácono permanente na Arquidiocese de São Paulo, o candidato deve ter no mínimo 40 anos de idade e dez de vida matrimonial. Durante o período de formação, realiza o curso integrado de Filosofia e Teologia por cinco anos. Ao conclui-lo, faz um sexto ano de vivência pastoral, uma espécie de laboratório em diferentes âmbitos como hospitais, serviço aos mais pobres e cemitérios. Interessados em ingressar no diaconato permanente devem falar com o Pároco na Paróquia que frequentam. Outros detalhes podem ser obtidos no Centro Vocacional Arquidiocesano (CVA), pelo telefone (11) 3237-2523 ou pelo e-mail cvasp@uol.com.br.







