Augusto Akio, bronze em Paris 2024: ‘Uma conquista que não é só minha’

Skatista conquistou inédito pódio olímpico e comemorou com malabares. Pedro Barros e Luigi Cini também chegaram à final

Fotos: COB

O menino curitibano que começou a andar de skate aos 7 anos de idade, com equipamento bem básico, comprado nas famosas lojinhas de R$ 1,99, chegou ao pódio olímpico na quarta-feira, 7, em Paris.

Augusto Akio, 23 anos – ou melhor – o Japinha, como é mundialmente conhecido no universo do skateboarding, faturou a medalha de bronze na final do skate park masculino, após alcançar a nota de 91,85 na última das três voltas da decisão na Arena La Concorde, em Paris.

Antes mesmo da confirmação da medalha, Japinha comemorou o êxito da boa volta em seu melhor estilo: equilibrando malabares, com sua estilizada camisa verde, azul e amarela, que também chamou a atenção do público.

“Para mim é uma conquista enorme, que não é só minha, é de todos os meus familiares, que sempre me apoiaram. Dos meus amigos, que andam de Skate comigo no dia a dia. Dos meus patrocinadores, que me dão incentivo e apoio. E essa medalha também vai muito além. Ela também é de todo mundo que faz acontecer a cena do Skateboard. Porque é uma comunidade que realmente procura ajudar um ao outro, que tem cuidado e carinho pelo próximo”, disse Japinha após receber a premiação.

O brasileiro também comentou sobre a felicidade de ir ao pódio com o australiano Keegan Palmer, que fez 93.11 pontos e chegou ao bicampeonato olímpico, e com o norte-americano Tom Schaar, que fez a marca de 92.23 pontos e faturou a medalha de prata, além de ter outros dois brasileiros na decisão: Pedro Barros, que terminou em quarto lugar (ele foi prata em Tóquio 2020) e Luigi Cini, que ficou em sétimo.

“Foi muito emocionante estar lá na final, competindo junto com o Luigi Cini e o Pedro Barros, que nós três fomos os representantes (do Brasil). E ter chegado até a final já foi uma conquista muito grande. Eu estou muito contente, também, de ter dividido o pódio com o Tom Schaar e com o Keegan Palmer. Keegan Palmer que é uma grande referência, mas também é meu amigo. Tom Schaar, também, um cara que admiro muito. Ter chego aqui, ter dividido o pódio com esses skatistas, ter andado de Skate com a galera, só me faz ter mais amor por isso. Muito obrigado para todo mundo que torceu, que pode ter certeza que isso fez a diferença. Obrigado, galera!”, prosseguiu Japinha.

Apesar de ficar fora do pódio, Luigi Cini lembrou que foi um dia memorável em sua vida: “Sentir o povo brasileiro que estava aqui e todo mundo que estava assistindo de casa. Toda essa energia foi muito especial para mim. Poder estar representando o País nesta final junto com o Japa, que é meu amigo desde que eu era muito criança, e o Pedro, que sempre foi meu ídolo e hoje em dia eu posso chamar ele de amigo. É um dos meus melhores amigos. Nós somos uma família”.

Também Pedro Barros falou de aspectos para além dos resultados: “Poder estar aqui no meio de um lugar [a olimpíada] que há pouco tempo era tão distante do nosso universo. Mas estar de alguma forma representando o nosso universo, representando a nossa cultura, a nossa essência. A gente acredita que fez um show. Um show não só de Skate, mas um show de camaradagem, de união. Eu acho que é muito mais sobre isso. No final, nunca foi fácil e a gente chegou até aqui graças à força de todos juntos, todos os skatistas, do Skate como um todo. E ele acontece de várias maneiras”.

Prata em Tóquio 2020, Pedro Barros também festejou a medalha conquistada em Paris 2024 pelo colega de seleção: “É muito lindo saber que o Japinha está ali no pódio. Ele está representando a bandeira do Brasil, ganhou uma medalha, e assim a agente pode construir mais pistas de Skate, ter mais lugares para que as pessoas possam andar. E de alguma forma, também, passar adiante sobre o que é a união, o que é o amor. E é isso, a vida é muito linda. Vamos viver, vamos celebrar. Vamos curtir!”.

(Com informações da Confederação Brasileira de Skatebording)

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