Bispos e grandes personalidades da história estão sepultados na cripta

Luciney Martins/O SÃO PAULO

O primeiro espaço a ser concluído na Catedral Metropolitana foi a cripta, localizada sob o altar-mor. Anos depois de ser inaugurada, em 1919, passou a receber corpos de bispos que estavam sepultados na antiga Igreja da Sé.

Das 32 câmaras mortuárias, 19 já estão ocupadas. Lá estão praticamente todos os bispos e arcebispos de São Paulo – o primeiro é Dom Bernardo Rodrigues Nogueira, falecido em 1748, e o mais recente o Cardeal Cláudio Hummes, morto em julho de 2022. 

Início da construção da Cripta

Personalidades históricas do Brasil também estão sepultados na cripta, como é o caso do Cacique Tibiriçá (1470-1562), que colaborou com os jesuítas para a catequização dos indígenas; Diogo Antônio Feijó (1748-1843), sacerdote e político que foi regente do Brasil entre 1835 e 1837; e o Padre Bartolomeu Gusmão (1685-1724), inventor de um dirigível aéreo – uma espécie de balão, sendo hoje considerado o patrono para o Serviço de Assistência Religiosa da Aeronáutica.

“A decisão pelo translado dos restos mortais do Cacique Tibiriça e do Regente Feijó para a cripta da Catedral enquanto ela ainda estava em construção ocorreu dentro dessa ideia de tê-la como um centro histórico e cultural. Na Europa, por exemplo, as maiores personalidades históricas estão sepultadas em catedrais antigas”, detalhou Cassoli. Ele lembrou ainda que o corpo de Alberto Santos Dumont, falecido no Guarujá (SP) em julho de 1932, foi transladado para São Paulo e permaneceu na cripta da Catedral durante seis meses, por questões de segurança, antes de ser levado ao Rio de Janeiro, pois se vivia o auge da Revolução Constitucionalista. 

Visitas à cripta podem ser feitas de segunda-feira a sábado, das 9h às 17h, e aos domingos, das 12h30 às 17h, com duração de 30 minutos. Há ainda o tour guiado completo pela Catedral – que inclui a passagem pela cripta – todos os dias às 14h. No sábado, o tour também ocorre às 9h45, e no domingo há ainda o horário das 12h30. 

Frequentemente, há programações culturais na cripta, como concertos, exposições e candlelight.

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