Cardeal Scherer: a Catedral da Sé é a referência da unidade da fé na cidade

Dom Odilo presidiu a missa pelos 70 anos de dedicação da Catedral Metropolitana da Arquidiocese de São Paulo

Foto: Luciney Martins/O SÃO PAULO

Uma missa solene na manhã desta quinta-feira, 5, marcou a comemoração dos 70 anos da dedicação da Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Assunção, a Sé da Arquidiocese de São Paulo.

A Eucaristia foi presidida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano de São Paulo, e foi concelebrada por diversos bispos e sacerdotes. A celebração também contou com presença de representantes das instituições governamentais e da sociedade civil, além de inúmeros fiéis.

Antes da missa, houve a entrada pontifical do Arcebispo, acompanhado dos bispos auxiliares e os cônegos do Cabido Metropolitano de São Paulo, que, em seguida, recitaram a oração da Hora Média, da Liturgia das Horas.

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Igreja-mãe

Na homilia, Dom Odilo recordou que a Arquidiocese de São Paulo celebrava os 70 anos que sua igreja-mãe, após inaugurada, foi dedicada ao culto divino em honra de Nossa Senhora da Assunção. “O seu título está ligado estreitamente à proclamação do dogma da Assunção de Maria aos céus, em 1950, pelo Papa Pio XII. Quis o Cardeal Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta, então [Arcebispo de São Paulo] em 1954, que a Catedral fosse um testemunho perene da verdade bela e esperançosa da Assunção de Maria aos céus”, explicou.

O Arcebispo sublinhou a beleza do simbolismo da igreja-catedral. “Ela é a sede da arquidiocese. Nela está a cátedra do arcebispo, de onde ele exerce o seu magistério. Ela é a igreja-mãe de todas as igrejas de São Paulo; ela é a casa de oração acolhedora e sempre aberta para toda a cidade, para a inteira família de Deus. Ela é um verdadeiro monumento testemunhal da fé em São Paulo; Ela é a referência da unidade da fé e da caridade (da lex credendi e da lex orandi). Ela está aí a nos recordar sempre que somos pedras vivas na edificação do templo espiritual”, afirmou.

Em seguida, o Cardeal Scherer fez memória de todos os que contribuíram para a edificação da Catedral da Sé: Dom Duarte Leopoldo e Silva, primeiro Arcebispo de São Paulo, que empreendeu a edificação do templo desde que assumiu o arcebispado, em 1908; o Cardeal Carlos Carmelo de Vasconcellos Motta, terceiro Arcebispo, que retomou a construção da catedral em 1944, depois que a obra ficou parada por quase 30 anos, devido às dificuldades econômicas decorrentes das duas grandes guerras; e o cardeal Cláudio Hummes, sexto Arcebispo, que empreendeu o restauro e a renovação da Catedral, entre 1999e 2002.

“Neste aniversário da dedicação da Catedral, queremos renovar, em nome da Arquidiocese, o agradecimento a todos aqueles que deixaram sua marca também no zelo diuturno por esta Catedral, para que ela fosse para a Igreja e para a cidade um sina de fé, de comunhão de bons propósitos compartilhados e lugar de irradiação da voz da Igreja”, completou Dom Odilo.

Foto: Luciney Martins/O SÃO PAULO

Homenagens

No fim da celebração, foram homenageadas com uma placa comemorativa pessoas que, de alguma forma, contribuem para a vida e a missão da Catedral da Sé, entre os quais, o sacristão Geraldo Soares de Medeiros, funcionário mais antigo da Sé, onde trabalha há 40 anos; o Cônego José Bizon, representando o Cabido Metropolitano, instituição que tem a missão de zelar pela dignidade litúrgica da catedral; e Claúdio Forjas, bisneto Maximilian Emil Hehl, arquiteto responsável pelo projeto da catedral.

Leia a reportagem completa na próxima edição do jornal O SÃO PAULO, semanário da Arquidiocese

Assista à íntegra da homilia

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