Cardeal Scherer preside missa na Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus

“Queremos iniciar este ano rezando, adorando, glorificando a Deus e agradecendo por Ele nos ter dado da graça de iniciar mais este tempo e, também, colocar em Suas mãos tudo aquilo que este ano nos trouxer, para que seja abençoado e possa frutificar em muitos bens para nós”.

Fotos: Reprodução da transmissão do Youtube da Catedral da Sé

Assim afirmou o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano, no começo da missa que ele presidiu na manhã da quarta-feira, 1º de janeiro, na Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Assunção, na data em que a Igreja celebra a Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, um dia santo de guarda, no qual todos os católicos são chamados a se reunir em comunidade para celebração eucarística.

OLHAR PARA A MÃE DE DEUS

Na homilia, Dom Odilo explicou que oito dias após se ter celebrado a natividade de Jesus, a humanidade é convidada a olhar para Sua mãe e a se perguntar sobre quem é esta, “a agraciada para ser no mundo a mãe do Filho de Deus”.

E justamente olhando para Aquele nascido no ventre de Maria, o Filho de Deus feito homem e que assumiu a nossa natureza humana, é que se torna legítimo afirmar que a mãe de Jesus é também a mãe de Deus, um dogma mariano definido pela Igreja no ano de 431 no Concílio de Éfeso, quando se afirmou a unidade da pessoa de Cristo nas duas naturezas, plenamente Deus e homem, definindo-se, assim, como verdade de fé a “maternidade divina de Maria”. Em 1931, por ocasião dos mil e quinhentos anos deste Concílio, o Papa Pio XI instituiu a festa litúrgica Santa Maria, Mãe de Deus.

UM DIA DE PEDIR PELA PAZ

Dom Odilo também lembrou que no primeiro dia do ano, a Igreja deposita as esperanças nas mãos de Deus e pede Sua benção: “Pedimos que Deus volte para nós o seu rosto, esteja conosco todos os dias, que nos assista em nossas dificuldades, que nos mostre sempre o caminho, que não nos deixe desanimar”.

Também nesta data é celebrado o Dia Mundial da Paz, instituído por São Paulo VI, e para a qual tradicionalmente o Papa dirige uma mensagem à humanidade.

Dom Odilo mencionou trechos da mensagem deste ano do Papa Francisco na qual o Pontífice recorda os gritos de angústia e desespero dos que não têm paz, destaca o descuido em relação ao próximo e ao meio ambiente, e ressalta que a corrida armamentista somente favorece conflitos e as injustiças sociais e econômicas. O Arcebispo enfatizou que a mensagem do Papa é um convite para que cada pessoa olhe para o próprio redor e perceba, com interesse e atenção, “o grito dos pobres, dos povos inteiros, que estão marginalizados, esquecidos e vivendo em conflitos”.

O Cardeal também sublinhou que na mensagem o Papa exorta a humanidade a viver a dimensão do perdão entre os irmãos e perante Deus, e que todos assumam uma lógica compartilhada da responsabilidade de uns pelos outros para que se promova a justiça, o respeito pela vida e pelo próximo.

Francisco também sugere três ações concretas: a redução progressiva das dívidas quando não se pode fazer o perdão de uma só vez; o respeito a cada pessoa e à dignidade da vida humana desde o seu início até a morte natural, incluindo a abolição da pena de morte; e que os chefes das nações que promovem a guerra ou fabricam armas revertam os recursos empenhados para este fim para promover a educação, a saúde e o ambiente sustentável para a vida. “O Papa sugere propósitos concretos para ajudar a construir um ano novo bom para todos, de esperança, de paz e de boa convivência”, enfatizou Dom Odilo.

BÊNÇÃO SOLENE E INVOCAÇÃO AO ESPÍRITO SANTO

Após a comunhão, o Arcebispo exortou os fiéis a participarem ativamente do Jubileu 2025, com o tema “Peregrinos de Esperança”.

Também foi entoado o hino Veni Creator, uma invocação ao Espírito Santo, que tradicionalmente é feita no primeiro dia do ano, assim como na Festa de Pentecostes.

Por fim, foi dada a bênção solene aos fiéis, com menção especial aos assistidos pela Missão Belém, que participaram da missa e foram chamados à frente do presbitério ao final da celebração pelo Padre Luiz Eduardo Baronto, Cura da Catedral.

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