Cardeal Hummes levou mensagem de esperança à população paulista após ataques do PCC no ano de 2006
Em maio de 2006, uma série de ataques violentos orquestrados da prisão por líderes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) assustou os moradores do Estado de São Paulo. Em entrevista á rádio 9 de Julho no dia 15 daquele mês, Dom Cláudio Hummes lembrou a todos que o amor é mais forte que o medo.
O Arcebispo de São Paulo estava em Itaici, no município de Indaiatuba (SP) participando da Assembleia dos Bispos da CNBB e disse que todos os prelados estavam “preocupados, tristes, sofridos, chocados com o que com o que vem acontecendo pelo volume, pela amplitude de toda essa onda de violência e assassinatos que vem ocorrendo desde sexta-feira. A cidade de São Paulo, sobretudo, vem atingida e a nossa Arquidiocese sofre e acompanha com preocupação”.
Ao expressar sua solidariedade às famílias das vítimas pela onda de violência, disse que ele os demais bispos estavam “rezando de coração a Deus para que amenize o sofrimento e acolha na sua misericórdia os que morreram nessa violência toda. Queremos dizer ao nosso povo que nós estamos todos juntos e também sofrendo junto e querendo dar nossa contribuição para que isso termine. Por isso, também damos nosso maior apoio ao poder público para que ele tome as iniciativas necessárias para dar segurança à população, prender e punir os criminosos”.
O então Arcebispo de São Paulo também recomendou que as pessoas não se amedrontassem em suas casas diante da onda de violência: “A sociedade não pode aceitar ser refém do crime organizado. Ela não deve se encolher, se trancar. A vida da sociedade deve continuar normalmente e não dar ao crime organizado que ele é vitorioso”.
(Com informações do jornal O SÃO PAULO, de maio de 2006)