O Conselho Arquidiocesano de Pastoral (CAP) da Arquidiocese de São Paulo reuniu-se pela primeira vez no dia 28 de novembro, após sua reestruturação, no Centro Pastoral São José, no Belém, zona Leste da capital paulista.
O novo regulamento do CAP foi promulgado em maio pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano, no contexto da reorganização administrativa e pastoral da Arquidiocese, decorrente do 1º sínodo arquidiocesano de São Paulo (2017-2023).
Conforme o regulamento, o CAP é um organismo consultivo destinado a refletir sobre a ação pastoral da Igreja na cidade de São Paulo. Ele baseia-se na Palavra de Deus, no Direito Canônico, nos documentos da Igreja e nos planos pastorais da Arquidiocese. Seu principal objetivo é identificar desafios pastorais da cidade e oferecer orientações para a ação evangelizadora, consolidando sua atuação como instrumento de comunhão e renovação pastoral na Arquidiocese de São Paulo.
São membros do CAP o Arcebispo, bispos auxiliares, vigários episcopais, coordenadores pastorais, representantes leigos dos vicariatos regionais e ambientais, membros da vida consagrada, diáconos permanentes e líderes de associações, movimentos e novas comunidades.
PROJETO PASTORAL
Na reunião também foi apresentada a nova estrutura pastoral da Arquidiocese, organizada em três comissões: Anúncio, Santificação e Testemunho.
Dom Carlos Silva, OFMCap., Bispo Auxiliar de São Paulo e Referencial para o Secretariado Arquidiocesano de Pastoral, destacou o Projeto Emergencial de Pastoral, promulgado em setembro, que foca as prioridades evidenciadas no caminho sinodal. Esse projeto será a base para um plano pastoral mais amplo, alinhado às conclusões do Sínodo universal e às Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil.
O CAP desempenha um papel crucial no discernimento da realidade pluralista de São Paulo, contribuindo para decisões que promovam a missão evangelizadora e incentivando a unidade entre regiões, paróquias e movimentos. Além disso, busca parcerias para enfrentar problemas sociais e avaliar a execução do plano pastoral.
IGREJA SINODAL
O Padre Antonio de Lisboa Lustosa Lopes, teólogo e professor da PUC-SP, abordou a sinodalidade da Igreja, tema central da segunda sessão da Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, realizada em outubro. Segundo ele, o documento final do Sínodo destaca a sinodalidade como prática concreta para todos os membros da Igreja, promovendo comunhão, participação e missão. Inspirada na metáfora da pesca milagrosa, a proposta é de uma Igreja inclusiva, corresponsável e atenta aos sinais dos tempos.
“A Igreja sinodal é construída por meio do intercâmbio de dons, com todos participando na missão de forma coordenada. A sinodalidade exige colaboração e a tarefa de cada membro deve estar alinhada e coordenada com as dos demais. Todos são chamados a contribuir de acordo com seus dons e vocações”, enfatizou o Teólogo.
Em seguida, os coordenadores das comissões pastorais compartilharam os avanços iniciais de suas atividades.
O regulamento prevê que o CAP se reúna ordinariamente duas vezes ao ano, com possibilidade de encontros extraordinários convocados pelo Arcebispo.