COVID-19: pela 1ª vez na semana, média móvel é inferior a 3 mil óbitos/dia

Indicador está em queda desde a segunda-feira, 12, e hoje chegou a 2.952 mortes/dia. Número de óbitos em 24 horas, porém, foi o 4o maior deste o começo da pandemia: 3.774 pessoas perderam a vida para o novo coronavírus

Foto: Agência Pará/Arquivo

Após cinco dias seguidos com a média móvel de mortes por COVID-19 acima de 3 mil óbitos diários, nesta quinta-feira, 15, este indicador ficou em 2.952 óbitos/dia. Desde o sábado, 10, o índice estava acima dos 3 mil e chegou ao recorde de 3.125 na segunda-feira, 12.

Nas últimas 24 horas, de acordo com o consórcio de veículos de imprensa, foram registradas 3.774 mortes por COVID-19 no País, fazendo com o acumulado desde o início da pandemia seja de 365.954 óbitos.

O número de pessoas que já tiveram ou estão com a COVID-19 no Brasil chegou à marca de 13.758.093, sendo que 80.529 casos foram confirmados nas últimas 24 horas. Com os números de hoje, a média móvel de novos casos nos últimos sete dias está em 67.396.

Os dados do Ministério da Saúde são diferentes: em 24 horas foram 3.560 óbitos, levando ao acumulado de 365.444 vidas perdidas para a COVID-19. De ontem para hoje, foram 73.174 novos casos da doença, totalizando 13.746.681 infectados. O total de pacientes recuperados é de 12.236.295.

Sinais de melhora da pandemia?

Embora em números absolutos este tenha sido o 4o dia com mais registros de mortes por COVID-19 – atrás apenas de 6 de abril (4.211 óbitos), 8 de abril (4.190) e 31 de março (3.950) – no comparativo da média móvel com os 14 dias anteriores, que é o parâmetro mais confiável sobre a evolução da doença, o indicador de óbitos/dia apresentou queda de 2% e o de novos casos/dia retração de 7%. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa.

Altas ou baixas de 15% no comparativo de duas semanas indicam situação de estabilidade do avanço da doença, conforme parâmetros da Organização Mundial da Saúde.

Desse modo, embora ainda não se possa afirmar que o momento mais crítico da pandemia no País tenha sido superado, a retração na média móvel de óbitos e casos verificada desde a segunda-feira, 12, é um indicador de que algumas ações adotadas nas últimas semanas podem já estar surtindo efeito.

“As medidas de restrição de mobilidade e de algumas atividades econômicas, adotadas nas últimas semanas por diversas prefeituras e estados, estão produzindo êxitos localizados e podem resultar na redução dos casos graves da doença nas próximas semanas. No entanto ainda não tiveram impacto sobre o número de óbitos e no alívio das demandas hospitalares”, informou na terça-feira, 13, a Fiocruz em seu boletim semanal de observação da pandemia de COVID-19 no Brasil. No entanto, “a flexibilização de medidas restritivas pode ter como consequência a aceleração do ritmo de transmissão e, portanto, de casos graves de COVID-19 nas próximas semanas”, alerta a Fiocruz.

Vacinação

Informações coletadas pelos veículos de imprensa junto às secretarias estaduais da saúde indicam que 25.460.098 pessoas já receberam a 1a dose de vacina contra a Covid-19, o equivalente a 12,02% da população.

Já a 2a dose já foi aplicada em 8.558.567 pessoas (4,04% da população do país). Vale ressaltar que os dois imunizantes disponíveis no Brasil para a vacinação – CoronaVac e AstraZeneca/Oxford – asseguram a imunidade em relação ao coronavírus apenas semanas após a pessoa ter tomado a 2a dose.

Queda de internações em SP

Até esta quinta-feira, o acumulado de mortos por COVID-19 em São Paulo está 86.535 pessoas. O total de casos confirmados é de 2.704.098. Entre os infectados, 2.333.565 estão recuperados e, desse total, 274.593 estiveram internados e receberam alta hospitalar.

O número de internações segue em declínio. São 25.063 internados, sendo 11.756 em leitos de Terapia Intensiva e 13.307 em enfermaria.

As taxas de ocupação dos leitos de UTI registradas hoje foram de 78,7% na Grande São Paulo e 83% no Estado.

Ministério promete envio de ‘Kits intubação’ a SP

Também hoje, o Ministério da Saúde anunciou que enviará a São Paulo, em até 48 horas, um novo lote de medicamentos do chamado “kit intubação”.

O governo paulista, porém, informou, em nota à imprensa, não ter ainda sido informado, até a tarde de hoje, sobre a entrega dos medicamentos que compõem o ‘kit intubação’ e que “mais de 640 hospitais seguem com estoques críticos, na imanência do colapso”.

O Ministério também informou que o Governo Federal recebeu uma doação de 2,3 milhões de medicamentos dos ‘kit intubação de um consórcio de empresários, quantidade que seria suficiente para garantir o suprimento durante dez dias em alguns casos e em 15 dias em outros casos.

Também hoje, o Ministério das Relações Exteriores comunicou que o governo da Espanha doou medicamentos do ‘kit intubação’ ao Brasil. A previsão é que os medicamentos saiam da Espanha no final da próxima semana com destino ao Brasil.

Fontes: G1, Agência Brasil, Fiocruz, Ministério da Saúde e Governo de São Paulo

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