
O Arquivo Metropolitano Dom Duarte Leopoldo e Silva, da Arquidiocese de São Paulo, realiza até sexta-feira, 28, o curso “Organização de Arquivos Eclesiásticos”, no campus Ipiranga da PUC-SP. A formação, iniciada na segunda-feira, 24, apresenta princípios fundamentais da Arquivologia e práticas para organização, preservação e acesso aos documentos das cúrias, paróquias e comunidades religiosas, contribuindo para a gestão da memória institucional e para a valorização do patrimônio documental da Igreja.
O curso reúne 173 participantes — clérigos, religiosos, religiosas e leigos de diversas dioceses e institutos — e inclui aulas teóricas com especialistas como Guilherme Vieira, do Arquivo Público do Estado; Jair Mongelli Júnior, diretor técnico do Arquivo Metropolitano; e Andreia Francisco dos Reis, mestre em memória e acervos. A programação prevê ainda uma visita técnica às dependências do Arquivo Metropolitano, no qual os grupos podem conhecer de perto documentos originais e compreender as rotinas de catalogação e preservação.
MEMÓRIA DA IGREJA

Em saudação enviada por vídeo, o Cardeal Odilo Pedro Scherer destacou que “zelar pela memória da Igreja é um bem para todo o povo de Deus”, lembrando que a história e a identidade eclesiais se constroem a partir de fatos documentados. Ele enfatizou a importância de conservar adequadamente livros sacramentais, registros pastorais e documentos administrativos, pois “a Igreja não se inventa a cada dia; ela caminha há muito tempo, e essa memória precisa ser guardada”.
O Padre Hernane Módena, Diretor-geral do Arquivo Metropolitano, ressaltou que a grande procura revela a crescente consciência sobre a importância da correta gestão documental: “Há preocupação em qualificar pessoas para o manuseio dos documentos que devem ser guardados e preservados, tendo em vista a memória das comunidades cristãs”. Para ele, o curso cumpre a missão do Arquivo Metropolitano de custodiar, formar e difundir a cultura arquivística, “pois os arquivos eclesiásticos são bens culturais de primeira importância”.

Segundo Jair Mongelli Júnior, a diversidade dos inscritos, provenientes de 19 estados e mais de 50 dioceses, confirma o alcance e a relevância do tema. Ele destacou também o interesse despertado pela visita técnica, que permite visualizar, na prática, o trabalho cotidiano de preservação
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