Definidas as etapas de ação para atualizar o Plano de Manutenção da Igreja na Arquidiocese

Grupo de trabalho terá reuniões com o clero, ecônomos, coordenadores de pastoral e colaboradores das administrações regionais para elaborar a proposta de revisão do Plano

Instituído pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano, em decreto publicado em 22 de abril, o grupo de trabalho para a atualização do Plano de Manutenção da Igreja na Arquidiocese de São Paulo já tem definidas suas etapas de ação, a fim de que apresente, até 30 de agosto, uma proposta final de adequação e atualização do Plano, que será, posteriormente, apreciada pelo Arcebispo.

“Já tivemos uma primeira reunião com Dom Odilo e compartilhamos algumas ideias. Do ponto de vista metodológico, o grupo de trabalho irá convocar, primeiramente, os representantes do clero. Depois, nos reuniremos com os ecônomos e coordenadores de pastoral das regiões episcopais e, posteriormente, com os colaboradores das administrações regionais”, detalhou ao O SÃO PAULO Dom Luiz Carlos Dias, Bispo Auxiliar da Arquidiocese. Ele é um dos membros nomeados pelo Arcebispo para compor o grupo de trabalho, assim como os Padres Zacarias de Carvalho Paiva, João Júlio de Faria, Marcelo Monge e José Adeíldo, o Diácono Rogério de Camargo e o senhor Flávio Luiz de Sousa.

Dom Luiz Carlos comentou que após essas primeiras reuniões, se necessário, serão criados subgrupos para a reflexão de temas específicos relacionados ao Plano de Manutenção da Igreja na Arquidiocese de São Paulo.

O que é o Plano?

No decreto de criação do grupo de trabalho e de nomeação de seus membros, o Cardeal Scherer detalha que o Plano de Manutenção da Igreja “contém as normas universais e particulares da Igreja para a manutenção e a administração da Arquidiocese de São Paulo e constitui a lei comum para todos os organismos que, de alguma forma, têm sua referência institucional da Mitra Arquidiocesana de São Paulo. As normas dizem respeito, sobretudo, à organização administrativa geral da Arquidiocese de São Paulo e aos bens da Igreja, formação do clero, sustento e previdência dos ministros da Igreja e à promoção da ação evangelizadora da Igreja”.

À reportagem, Dom Luiz Carlos detalhou que o Plano compreende uma série de regras e procedimentos administrativos: “Tudo que é ligado à Igreja Particular da Arquidiocese de São Paulo, aquilo que chamamos em uma linguagem mais técnica de bens temporais, que são os meios que estão a serviço da evangelização, é tratado neste Plano. A Igreja tem como missão, fundamentalmente, anunciar Jesus Cristo e sua Palavra, evangelizar, e, para isso, ela precisa de recursos financeiros, edificações e outros gêneros. Assim, o Plano de Manutenção abrange e rege a boa administração desses bens”.

Necessidade de atualização

Dom Luiz Carlos recordou que desde o episcopado de Dom Paulo Evaristo Arns, a Arquidiocese de São Paulo tem um Plano de Manutenção, que já passou por atualizações. A atual versão data de 9 de julho de 2009 e é assinada por Dom Odilo Scherer.

“Essas regras precisam ser atualizadas de tempos em tempos, porque dizem respeito à relação da Igreja com a sociedade, no tocante às leis, contabilidade e outras questões que implicam esta administração, que se dá dentro das regras da sociedade”, comentou o Bispo Auxiliar. “Hoje, exige-se uma prestação de contas muito mais rigorosa do que antes. Toda paróquia ou comunidade, por exemplo, tem de apresentar documentos fiscais. A Igreja também precisa prestar contas para a Receita Federal, mostrando de onde provém suas arrecadações. De igual modo, apresenta um balanço, assim como faz qualquer empresa que tenha um CNPJ”, detalhou.

O Bispo Auxiliar da Arquidiocese destacou, ainda, que a revisão do Plano de Manutenção foi uma das necessidades mapeadas nas etapas já realizadas do 1o sínodo arquidiocesano de São Paulo, e também colaborará para a permanente reavaliação de procedimentos administrativos e financeiros no âmbito da Igreja.

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