No sábado, 2, é celebrada a Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos, data popularmente conhecida como “Dia de Finados”, ocasião de recordar e oferecer orações pelos falecidos.
A Arquidiocese de São Paulo, por meio das seis regiões episcopais, organizou uma programação especial para celebrações de missas nos cemitérios da capital paulista, mobilizando os bispos auxiliares e sacerdotes para presidi-las na intenção das pessoas falecidas. Também em todas as paróquias haverá celebrações eucarísticas pelos fiéis defuntos.
Na tradição católica, a Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos ocorre no dia seguinte à Solenidade de Todos os Santos e está diretamente ligada ao dogma de fé da comunhão dos santos, por meio do qual se compreende os três estados que constituem a Igreja, corpo místico de Cristo, como explica o Catecismo da Igreja Católica (CIC):
“Até que o Senhor venha na sua majestade e todos os seus anjos com Ele e, vencida a morte, tudo lhe seja submetido, dos seus discípulos, uns peregrinam na terra, outros, passada esta vida, são purificados, e outros, finalmente, são glorificados e contemplam ‘claramente Deus trino e uno, como Ele é’” (CIC 954).
No Dia de Finados, portanto, os católicos são chamados a rezar por aqueles que vivem o estado de purificação chamado de purgatório, ou seja, aqueles “que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não estão completamente purificados, embora tenham garantida sua salvação eterna” (CIC 1030).
Nesse sentido, os fiéis católicos devem oferecer continuamente suas preces e sacrifícios, especialmente o santo sacrifício da missa, em sufrágio dos falecidos. “Reconhecendo claramente esta comunicação de todo o Corpo místico de Cristo, a Igreja dos que ainda peregrinam venerou, com muita piedade, desde os primeiros tempos do Cristianismo, a memória dos defuntos; e, ‘porque é um pensamento santo e salutar rezar pelos mortos, para que sejam livres de seus pecados’ (2Mc 12,46), por eles ofereceu também sufrágios” (CIC 958).
Já aqueles que habitam a Igreja triunfante, os santos, participam da comunhão por meio da sua intercessão junto a Deus. (cf. CIC 957).