“Cada um de vós ponha à disposição dos outros o dom que recebeu” (1Pd 4,10). Com esse lema, Carlos Eduardo Moraes, 55, deseja exercer o ministério diaconal, para o qual foi ordenado em 14 de dezembro pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano, na Catedral da Sé.
Nascido em família católica, ele vivia uma fé distante da vida da Igreja, mas tudo mudou ao aceitar um convite de sua esposa, Adriana Silva Saula de Moraes, com quem é casado há 36 anos.
“Depois de muito tempo sem nenhum interesse pela Igreja, minha esposa, que sempre participou de grupos de oração, e muito rezou e ainda reza por mim, convidou-me para ajudar em um encontro de jovens na Paróquia São Carlos Borromeu, na Vila Prudente [Decanato Santa Maria e São José da Região Belém]. Assim, a “semente da fé plantada” pelos meus pais, cultivada pela minha esposa e agora incentivada por novos amigos da comunidade, brotou e fez que eu aceitasse a participação no Encontro de Casais com Cristo (ECC), algumas semanas depois”, recorda.
CAMINHO FORMATIVO
Carlos Eduardo assegura que desde então, “o coração tem sido abrasado por Jesus e a busca pelo encontro diário com Ele, por meio da Palavra, oração, e conversão, passaram a ser uma rotina. O desejo de retribuir esse Amor infinito transformou-se em um querer servir ao próximo com os talentos que recebi. Sendo assim, o chamado para o Diaconato Permanente foi consequência de uma jornada. Este foi despertado pelo convite do Padre Fausto Marinho, então Pároco, e teve o apoio imediato de minha esposa. Porém, só foi aceito após uma conversa com toda a família, a qual incentivou desde o início”, comenta o Neodiácono que é pai de Nathália, 37; Rafael, 34; e Felipe, 31; além do avô do Matheus, 16; Carlos, 15; e Isabela, 5.
Graduado em Tecnologia Elétrica, Teologia e pós-graduado em Gestão de Negócios, Carlos Eduardo ingressou na Escola Diaconal em 2018 e diz que a vocação se fortaleceu ao longo do itinerário formativo.
“A percepção e o discernimento aconteceram principalmente durante as ações pastorais, seja com as pessoas em situação de rua, visita aos enfermos, celebração de exéquias, nas quais muitas vezes apenas uma palavra faz toda a diferença na vida das pessoas e, também, na condução de formações litúrgicas. Tudo o que estou aprendendo nesta caminhada tem sido de grande valia”, ressaltou.
Como Diácono, ele deseja se dedicar “ao anúncio do Evangelho de Jesus Cristo em todas as suas formas, na Palavra, na liturgia e na caridade”, mas sem deixar de lado sua família, “vocação primeira ao chamado de Deus”.
ATÉ 30 DE DEZEMBRO, LEIA DIARIAMENTE OS PERFIS DOS NOVOS DIÁCONOS DA ARQUIDIOCESE DE SÃO PAULO