Diácono seminarista Denis Oliveira: alegre em ‘entrar para o serviço da messe do Senhor’

Um primeiro olhar sobre o lema do recém ordenado Diácono seminarista Denis Oliveira Alves pode fazer crer que o seu sim ao Senhor foi um processo fácil: “Essa é a minha alegria e ela é completa! É necessário que Ele cresça e eu diminua” (Jo 3,29-30).

No entanto, sua vocação ao ministério ordenado – primeiro ao diaconato, recebido em 14 de dezembro pela imposição das mãos do Cardeal Scherer, na Catedral da Sé, e futuramente ao sacerdócio – é fruto de um longo processo de discernimento sobre a razão própria de seu existir.

“Minha vocação surgiu em meio a uma vida sem sentido. Encontrava-me formado, trabalhava, porém, estava mergulhado nas minhas vontades e apetites, cheio de medos e de incertezas, mendigando o amor e o afeto dos meus pais e de todos. Contudo, só me deparava com a frustação, não me sentia amado e buscava constantemente a felicidade e não a encontrava”, recordou ao O SÃO PAULO.

QUANDO TUDO MUDOU

Na Vigília de Pentecostes em 2013, em uma comunidade do Caminho Neocatecumenal, em Brasília (DF), Denis percebeu o chamado que o Senhor lhe fazia.

“Senti forte o seu amor por mim, e eu que sempre quis conduzir minha vida, senti o desejo de arriscar no Senhor e deixá-lo me guiar neste chamado. De Brasília [onde era paroquiano da Paróquia São Miguel Arcanjo], fui enviado para o Seminário Missionário Redemptoris Mater da Arquidiocese de São Paulo [mantido pelo Caminho Neocatemunal]”, recordou o celibatário de 39 anos, que é graduado em Artes Plásticas, Filosofia e Teologia, além de Técnico em Contabilidade.

APRENDIZADOS E PERSPECTIVAS

Denis ingressou no Seminário Missionário em 2015 e desde então conta que pôde provar as muitas maravilhas de Deus.

“Tenho me encontrado com o amor de Deus por meio de uma pequena comunidade, percorrendo um itinerário de formação católica, de iniciação cristã, o qual me tem permitido redescobrir o meu Batismo, me colocando com meus irmãos, na intimidade com Jesus Cristo, apoiados na sua Palavra, na Comunidade e na Eucaristia”, assegurou.

“Parafraseando Dostoievski, que diz ‘a beleza salvará o mundo’, vejo que essa beleza é Cristo, é a beleza da Boa Nova, que me foi anunciada, de que Deus me ama tal como sou. Esta Boa Nova recebida em minha vida, me introduziu em um carisma missionário para a nova evangelização, à qual sou impulsionado a me colocar a caminho, hoje aqui, amanhã onde o Espírito Santo soprar”, comentou.

Denis Oliveira não esconde a alegria em receber o diaconato, ministério que permitirá a ele “entrar para o serviço da messe do Senhor, em prol da salvação das almas e do Reino de Deus. Como diz a Igreja, servir é reinar. Para mim, trata-se de uma liturgia, na qual poderei exercer o ministério em função do outro, sendo sal, luz e fermento, diante da crise de fé do mundo atual, da descristianização e da perca do Sagrado”.

Por fim, ele deseja que “Deus possa colocar em meus lábios a força do kerigma, o vigor da Boa Nova e a vivacidade da Palavra que tenho recebido na pequena comunidade, para assim ser nessa geração ícone de Cristo, Daquele que me introduziu no seu mistério, que me amou e escolheu”, concluiu.

ATÉ 30 DE DEZEMBRO LEIA DIARIAMENTE OS PERFIS DOS NOVOS DIÁCONOS DA ARQUIDIOCESE