“Enviai sobre eles, Senhor, nós vos pedimos, o Espírito Santo, que os fortaleça com os sete dons de vossa graça, a fim de que exerçam com fidelidade o seu ministério. Resplandeçam neles as virtudes evangélicas: o amor sincero, a solicitude para com os enfermos e os pobres, a autoridade discreta, a simplicidade de coração e uma vida segundo o Espírito. Brilhem em suas condutas os vossos mandamentos, para que o exemplo de suas vidas desperte a imitação de vosso povo e, guiando-se por uma consciência reta, permaneçam firmes e estáveis no Cristo. Assim, imitando na terra vosso Filho, que não veio para ser servido, mas para servir, possam reinar com Ele no céu”.
Este trecho da prece de ordenação, feita por Dom Cícero Alves de França na noite do sábado, 19, após impor as mãos e ordenar dois diáconos para a Igreja, sintetiza o ministério por eles recebido.
Perante a assembleia de fiéis que lotou a Paróquia São Judas Tadeu, Decanato São Lucas, o Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Belém conferiu o primeiro grau do sacramento da Ordem a Denis Geraldo Martins Carvalho e a Yan Pires da Silva, da Congregação dos Agostinianos da Assunção (AA).
Na homilia, o Prelado ressaltou a dimensão do serviço, da humildade e do amor, que devem acompanhar a vida diaconal. “Não existe serviço sem humildade, servir é se inclinar”, destacou.
“Vivam seu ministério a partir deste tríplice múnus, com a certeza de que se Deus os chamou, os confirmou, Ele lhes dará a graça desse ministério, que hoje lhes entrega”, exortou.
RITO DE ORDENAÇÃO
O rito de ordenação começou após a proclamação do Evangelho, com a apresentação dos candidatos ao diaconato, chamados pelo Padre Marcos Antônio Dias, AA, Superior Provincial da Congregação, o qual confirmou diante de Dom Cícero que eles são dignos para exercer o ministério.
Após a homilia, o rito teve sequência com o propósito dos eleitos, quando cada um dos candidatos manifestou publicamente as exigências deste ministério: ser consagrado ao serviço da Igreja; desempenhar, com humildade e amor, o ministério diaconal como colaborador da ordem sacerdotal; guardar o mistério da fé e proclamá-la por palavras e atos; guardar para sempre o celibato; perseverar e progredir no espírito de oração; e imitar sempre o exemplo de Cristo.
Depois, cada um ajoelhou-se diante do Bispo Auxiliar e prometeu-lhe respeito e obediência, bem como a seus sucessores. O rito prosseguiu com a Ladainha de Todos os Santos, entoada com os candidatos prostrados em frente ao presbitério.
Passou-se, então, ao momento central da ordenação: a imposição das mãos de Dom Cícero sobre a cabeça de cada um dos eleitos, seguida da prece de ordenação, na qual se pede a Deus a efusão do Espírito Santo e de seus dons aos que serão ordenados.
Em seguida, estando diante da assembleia de fiéis, cada um dos novos diáconos foi revestido com a estola e a dalmática. De volta ao presbitério, eles receberam do Prelado o livro dos Evangelhos: “Transforma em fé viva o que leres, ensina aquilo que creres e procura realizar o que ensinares”, disse-lhes Dom Cícero. A conclusão do rito foi com o abraço da paz aos neodiáconos.
Por Fernando Arthur
Colaboração especial para a Região