Dom Odilo aos coroinhas: ‘Vocês têm a alegria de servir ao mistério da Eucaristia’

Arcebispo de São Paulo presidiu a missa do Encontro Arquidiocesano de Coroinhas e Servidores do Altar

Luciney Martins/O SÃO PAULO

A Catedral da Sé ficou lotada de crianças, adolescentes e jovens na tarde do sábado, 10, para o encontro anual dos coroinhas e servidores do altar da Arquidiocese de São Paulo com o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano.

A celebração, organizada pela Pastoral Vocacional da Arquidiocese, ocorreu por ocasião da proximidade da memória litúrgica de São Tarcísio, padroeiro dos coroinhas, comemorada no dia 15.

O evento foi também ocasião de promover o despertar vocacional dos meninos e meninas que colaboram nas liturgias das paróquias e comunidades da Arquidiocese.

Ainda faltava mais de uma hora para o começo da missa quando o silêncio da Catedral da Sé começou a ser rompido pelos grupos de crianças que chegavam, algumas delas pela primeira vez ao templo. Com os olhares curiosos e impressionados com a imponência da igreja-mãe da Arquidiocese, os coroinhas vestiam suas túnicas e aguardavam ansiosos o início da missa. Esse também é um dos objetivos do encontro: permitir que os coroinhas conheçam a Igreja em um âmbito maior do que suas paróquias e tenham um contato mais próximo com o Arcebispo.

Os organizadores calcularam que quase 2 mil pessoas participaram na missa, visto que todos os espaços da Sé estavam ocupados de coroinhas vindos de paróquias de toda a Arquidiocese.

SERVIÇO SAGRADO

Ao dar boas-vindas aos coroinhas, Dom Odilo manifestou sua alegria pela presença na Catedral, convidando-os a vivenciarem intensamente a celebração. Na homilia, o Arcebispo fez uma catequese sobre o sentido da Eucaristia e ressaltou aos coroinhas o valor do serviço litúrgico feito nas comunidades. Ele os exortou a realizarem essa missão sempre “com os olhos fixos em Jesus”, alimentando a fé, aprofundando-se no conhecimento da Palavra de Deus e abrindo o coração para o chamado divino.

“Vocês têm a alegria de servir ao mistério da Eucaristia… E quando realizam bem esse serviço junto do altar, ajudam toda a comunidade a celebrar bem, a rezar, a viver esse grande mistério da fé”, afirmou o Cardeal.

Em seguida, Dom Odilo recordou a história e o exemplo de São Tarcísio, mártir da Igreja dos primeiros séculos, vítima da perseguição do imperador Valeriano, em Roma. Tarcísio era um dos integrantes da comunidade cristã romana, quase toda dizimada. Ele tinha 12 anos e morreu no ano 257, ao tentar levar a Eucaristia a outros cristãos que estavam presos em decorrência da perseguição.

Tarcísio auxiliava nas celebrações do Papa Sisto II como acólito e, um dia, foi abordado por pagãos enquanto levava consigo a Eucaristia, sendo duramente atacado com paus e pedras, até morrer, abraçado ao sacramento. “Quando lhe reviraram o corpo, os assaltantes não puderam encontrar nem sinal do sacramento de Cristo, nem em suas mãos, nem por entre as vestes”, narra o Martirológio Romano.

“Os santos são nossos exemplos, nossas testemunhas. Eles viveram antes de nós aquilo que hoje somos convidados a viver, nossa fé, nossa fidelidade a Jesus, nosso amor a Deus”, destacou o Arcebispo.

GRATIDÃO

No fim da celebração, a adolescente Larissa Hellen, coroinha na Paróquia Nossa Senhora do Carmo, na Região Santana, saudou o Cardeal Scherer em nome de todos os coroinhas.

“Sua presença junto a nós sempre nos alegra muito. Ficamos felizes em servir nas missas com o senhor porque seu testemunho nos inspira e fortalece. Obrigado, Dom Odilo, por se preocupar, incentivar e acompanhar nossa pastoral, pois o senhor sabe o quanto ser coroinha é importante para nós e para nossas famílias. Ser um coroinha é algo que jamais iremos esquecer na vida”, manifestou a menina.

A servidora do altar recordou um trecho do artigo publicado no Jornal O SÃO PAULO da última semana, em que o Cardeal Scherer ressaltava que a descoberta da própria vocação deveria fazer parte do processo educativo de todas as crianças, adolescentes e jovens. “Sem a Pastoral dos Coroinhas, isso seria mais difícil, pois ajudando na liturgia, aprendemos a amar mais a Deus, a amar a Igreja e nossos irmãos. Por isso, podemos dizer com carinho que amamos o senhor e obrigado por nos amar também. O amor de Cristo nos une nesta linda sinfonia de vocações”, completou Larissa.

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